Chapter One.

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Saindo de um motel, que podia se dizer que era três estrelas, um pequeno corpinho que parecia irritado e prestes a explodir, caminhou até o carro. A pergunta era, por que? Simples, era a quinta vez só essa semana que Pete se decepcionava com um cara gostoso na balada e o puxava para um canto para tentar algo, mas era sempre a mesma coisa, não tinha pegada e muito menos, fazia ele gozar com vontade.

Dessa vez, o cara além de deixar ele frustrado, ainda tinha um pau minúsculo, poderia facilmente ser confundido com aquelas pimentas cumari. Pete se sentia mais irritado ainda por ter que pagar o motel, além de ter praticamente forçado um orgasmo para que o cara o liberasse.

Ele não queria reclamar, mas ele também não merecia isso, Pete era bonito, não, ele era lindo. Seus cabelos lisos que formavam uma franja em frente a sua testa, seus olhos de corça que deixariam qualquer homem encantado, sem falar no seu corpo de deuses, suas curvas que abraçavam qualquer roupa apertada que ele usasse. Ele sim, merecia o melhor.

Mas tinha algo a mais do que só querer alguém, e esse podia se dizer que era o problema de Pete. Todos os homens até agora chamavam a atenção dele por um motivo, a aura agressiva, sim, era isso que Pete queria. Alguém agressivo que o usasse como uma boneca de pano sem valor, o deixasse implorando por misericórdia, mas até agora só foram aparências.

Além de não fazerem o que Pete gostava, sempre tinham aquele defeito, seja em relação ao físico ou ao pau. Chame ele de prostituto se quiser, mas ele já tinha 23 anos e tinha necessidades que todo ser humano tem ao virar adulto. A vida até agora só se esforçou para decepcionar ele e a vontade de desistir da procura alguém que iria satisfazer o desejo sombrio dele.

Bufando alto e apertando o volante em suas mãos, Pete pensou em procurar ajuda do seu melhor amigo - único -, pois estava ficando sem paciência e esperanças. Não que o Porsche não tenha arrumado algumas pessoas para ele, o seu amigo trabalhava na boate que ele achava os caras que pareciam esmagar você se apertassem. Mas era tudo um bando de soca-fofo, o que Pete odiava.

Fazendo uma nota mental para explicar suas preferências outras vez para seu amigo, que às vezes pensava que ele era ativo. Pete ativo? Ele era a pessoa mais submissa que ele poderia conhecer, e não disfarçava, tanto no jeito de se vestir, andar e agir, tinha muito orgulho do que ele realmente era.

🪐

Os dois amigos estavam sentados em uma lanchonete perto da casa de Pete, fazia apenas dois dias da decepção que ele teve, então ele resolveu chamar seu amigo para o ajudar em sua frustração. Pete pediu logo um sanduíche para aliviar a tensão que se formou em seu estômago, mas ele estava falando com seu melhor amigo, que já o viu em situações bem mais vergonhosas.

— Então, atrapalhou meu encontro com o Kinn para dizer o que? — Porsche reclamou enquanto observava o melhor amigo devorar um sanduíche. — Se acalma, cara, você está precisando transar, de verdade.

— É isso que eu preciso! Mas não acho ninguém a altura para me satisfazer. — Pete fingiu choro, o que fez Porsche rir da estupidez de seu amigo. — Sério Porsche, você não entende por que teve sorte de achar um gostoso que te come bem.

Pete achava o Porsche sortudo, não só por ter um corpo forte e beleza, mas também por achar um namorado de prestígio. Até então, seu amigo vem deixando ele de lado para ficar com seu namorado. Pete queria isso também, não que ele estivesse com inveja de seu amigo, nunca, ficava feliz por vê-lo com alguém. Mas mesmo assim, ainda o deixava com uma coceira quando seu amigo falava de como o outro era maravilhoso na cama.

— Pete, terra chamando Pete! O que eu tenho você também tem amigo, se valorize mais. — Porsche resmungou deixando um peteleco na testa do melhor amigo que estava em outro universo revivendo suas frustrações. — Me fale o que tem de errado nos caras que eu te recomendei.

AS I WANT || VEGASPETE [+18]Where stories live. Discover now