grande ideia

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                     Vitor Gabriel

Entro novamente no quarto de Cauã, acabei de falar com Isa e pelo visto manu não está muito melhor que ele, porém ela sabe fingir bem melhor. Acendo a luz do quarto e abri as cortinas permitindo os raios de sol adentrarem o local.

— Levanta cauã—digo, meu tom nenhum pouco receptivo.

Ele não responde, hoje ele está deitado encarando o teto do quarto, seus olhos estão inchados, a região logo acima de sua bochechas estão acinzentadas formando enormes olheiras e seu cabelo está um caos.

—Tudo bem, você não quer levantar então, quero falar com você — me sento na poltrona e não dou opção a ele.

—Eu não quero te ouvir —ele resmunga, sem olhar pra mim.

—E quem disse que eu ligo para o que você quer— rebato, com o tom mais ríspido.

—Vá embora da porra do meu quarto Gabriel. —Uma risada sem humor escapa de minha garganta, mas a realidade é que meu peito aperta quando escuto essas palavras. Ele vai fazer o possível para me tirar daqui mas eu não ligo para isso, não ligo para o que ele pensa

—Não sei se você entendeu — ele continua. Senta na cama e encara profundamente as minhas íris. —Eu não quero falar com você, com Pedro ou com o com Sene., não quero ver nenhum de vocês, não me importo com vocês. Quanto mais rápido vocês entenderem isso melhor. Agora me deixa em paz, caralho.

Dói. Um pedacinho de mim sente uma dor. O meu melhor amigo de infância me dizer isso, machuca.

—Eu vou falar, você vai me escutar, depois eu vou embora e você faz o que porra quiser da sua vida—ele bufa quando me escuta e volta a se deitar na cama e fecha o olhos. — você precisa reagir cara, ficar ai não vai trazer ela de volta.

— jura? — ele tem um tom debochado.

— Vamos pensar em algo sei lá, uma surpresa, um pedido de namoro oficial, qualquer coisa que melhore isso.

— ela não quer me ver — ele muda a postura pela primeira vez.— da última vez ela fechou a porta na minha cara e disse que não quer mas me ver.

—Você fudeu com a vida dela, você ferrou completamente com ela...

Ele me interrompe bruscamente.

—Eu não quero ouvir.

— Novamente, eu não me importo. Tomou uma decisão sem...

—Cala boca, Vitor, estou falando sério! —ele está irritado novamente.— Bagunçou completamente a vida dela, você escolheu não contar a verdade, você escolheu esconder tudo dela, escolheu fingir que suas decisões passadas não iriam mudar nada, decidiu fazer ela de boba, escolheu machucar ela, fazer ela sofrer. Você e ninguém mais, Cauã, escolheu isso.

— Obrigado, agora que já jogou tudo na minha cara, pode ir—ele diz.

—O que falta agora é você ter cunhões para assumir os seus erros, ficar se afundando aí como um covarde não vai ajudar em nada. Eu não ligo para o que você pensa, você é um merda por achar que é o único que está sofrendo, você está se vitimizando sendo que a única vítima aqui é a  Manuella. Eu juro por Deus, Cauã, eu não vou te perdoar se você deixar ela sofrer mais do que já sofreu.

Me levanto da cadeira e ameaço a sair do quarto, o que me surpreendeu foi ouvir a voz de cauã soar pelo quarto.

— espera..— ele se senta na cama e me olha nos olhos.— o que eu faço, me ajuda..

— a Obrigado por volta a pensar.— volto a me sentar em sua frente na cadeira.

— tô falando sério Vitor, eu não sei o que fazer, ontem mesmo eu fui lá, e ela só soube me expulsar da casa dela.

Eu E Você? Where stories live. Discover now