☆Cap. II☆

400 44 15
                                    

S/n: eu já não te dou dinheiro suficiente? Sua peste!

S/i: a loja era de um cara super poderoso, tipo coisa da máfia, essas coisas, e deu errado. A gente não conseguiu muito e então eu tive que sumir.

S/n: eu já posso te matar?

S/i: eu dei mole e ele me achou e ele sim quer me matar se não devolver tudo. Mas, os idiotas roubaram de mim e eu não tenho como devolver. Então fiz um acordo e ta tudo bem, já resolvi, eu prometo nunca mais causar confusão, eu só quero minha família de volta.

S/n: resolveu? Resolveu como?

S/i: sim, agora calminha. Eu consegui convencer ele a ficar com a casa e eu só vou precisar dar o restante em dinheiro e eu sei que você tem guardado. Antes que fale algo, ele estava ameaçando matar nós duas... e o Theo.

S/n: calma, volta um pouco, você deu a MINHA casa? Essa casa?

S/i: ah... A mamãe deixou no meu nome, então em teoria ela era minha. Fui esperta né? Já assinei até os papéis passando pro nome dele.

S/n: olha ele não vai precisar te matar, já que eu mesma vou fazer isso!

Peguei a vassoura atrás da porta e sai correndo atrás dela, que saiu gritando pela janela pro meio do povo e eu fui atrás ao puro ódio.

Ben: s/n, calma - me segurou pela cintura quando fui pra cima dela. - ta assustando o Theo.

S/n: nem a nossa mãe FOI BURRA O SUFICIENTE PRA PERDER A NOSSA CASA! A gente vai morar AONDE SUA INFELIZ?

S/i: eu não sei, mas era a única alternativa. - falou se escondendo atrás da Anna.- eu nem fico muito aqui mesmo.

Só respirei fundo. Só o que me faltava era ser presa e fazer o Theo ficar mais assustado ainda.

Tereza: filhas levem o Theo lá pra dentro e vocês duas, não quero briga aqui em casa e vocês também, vem pra dentro almoçar, deixem elas sozinhas.

Eu fui até a calçada e sentei, olhando pro nada, com as mãos na cabeça tentando entender. Segundos depois eu a vi sentando do meu lado.

S/n: pra quem você ta devendo? Onde eu acho ele pra tentar consertar?

S/i: ele disse que vai te procurar daqui a alguns dias, pra resolver...

S/n: por que você é assim?

S/i: eu não sei - começou a chorar. - eu só preciso de ajuda s/n.

S/n: quanto é?

S/i: 20 mil, mais a casa, ou ele mata nós duas.

S/n: 20? Eu não tenho nem cem reais pra comprar os remédios do seu filho! - falei começando a chorar de raiva. - pelo menos vê se da uma atenção pro teu filho, que ta morrendo de saudade de você e eu vou ver o que eu faço.

S/i: obrigada!

S/n: mas olha aqui! é a ultima vez que eu resolvo as suas merdas e dessa vez vai ter um preço.

S/i: eu faço qualquer coisa.

S/n: ou você toma jeito ou some completamente das nossas vidas, você vai deixar nós dois em paz.

Voltei pra dentro, secando as lágrimas e fingindo que eu não recém perdi minha vida. Peguei o almoço pro Theo e fiquei vendo ela de longe. É impressionante que quando a pessoa precisa de ti ela vira outra. A s/i que tava brincando com o filho parecia uma mãe de verdade e não a pessoa que só se mete em confusão.

Ben: o que foi dessa vez?

S/n: nada da sua conta - falei virando a bebida do meu copo e servindo mais em seguida.

Esposa De MentiraWhere stories live. Discover now