𝐐𝐔𝐀𝐓𝐑𝐎: bolas de cristal

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Hogwarts
02 de setembro de 1993
05:10 AM

COMO DE COSTUME, Maia foi a primeira entre suas colegas a acordar no dormitório. Naquela noite, ela teve o mesmo sonho, mas de alguma forma, pareceu muito mais intenso do que das outras vezes. Por sorte, todas elas pareciam ter sono pesado, principalmente Primrose que dormia ao seu lado.

A garota se levantou cuidadosamente, e desceu as escadas do salão comunal, que estava vazio. De fato, era possível ver algumas criaturas do lago negro pelas vidraças, passando por ali despreocupadamente. Pelo menos, ela não tinha visto nenhuma lula gigante ou sereianos, então, estava no lucro.

O salão comunal da Sonserina naquele horário, conseguia ser mais escuro do que quando ela tinha entrado nele pela primeira vez, horas atras. Maia acendeu um dos candelabros, sentando-se no grande sofá de couro em forma de serpente, e abraçando as próprias pernas enquanto analisava seu novo lar. Não era ruim, mas ela estava um pouco surpresa aínda, pensando em como suas tias reagiriam aquela notícia.

A garota ficou ali por minutos, sentada e em silêncio, até ouvir passos rápidos vindo da escada. Ela se virou para ver de quem se tratava, e ficou sem saber o que falar quando o professor que estava observando-a mais cedo, apareceu bem na sua frente, vestindo sua capa tal qual o conde Drácula. Os olhinhos de morcego dele se apertaram, e com uma cara mal humorada, ele veio até Maia, que se levantou rapidamente.

— O que está fazendo acordada a essa hora, senhorita Moore? — ele fez questão de dar ênfase no sobrenome dela, o que fez Maia arquear uma das sobrancelhas — Não sabe falar? Engraçado, Dumbledore não me informou que havia uma aluna muda...

— Não sou muda, senhor. — Maia ergueu o queixo, levemente indignada — Eu estava aqui em baixo porque... tive um pesadelo.

Snape arqueou uma das sobrancelhas. Ele sabia que ela era filha de Gaia Moore, naturalmente, estava estampado na cara da menina para quem quisesse ver. No entanto, ela lhe lembrava alguém... alguém que ele estava perto de descobrir, de se lembrar, mas não conseguia. Toda vez que estava perto, o nome lhe escapava.

— Sugiro que a senhorita tome uma poção de sono na enfermaria, da próxima vez. — ele disse, com sua voz lenta e debochada — A propósito, caso seus monitores-chefes não tenham lhe informado, eu sou o diretor da sonserina e se eu lhe ver fora do dormitório da próxima vez, não vou hesitar em lhe tirar pontos, mesmo que seja da minha casa, ouviu bem?

Maia tinha uma resposta na ponta da língua para dá-lo, mas engoliu-a a seco. Não poderia se dar ao luxo de perder pontos logo no seu primeiro dia ali, já que as pessoas de sua casa parecia estar testando-a desde que ela pôs o pé ali.

— Sim, senhor. — se forçou a dizer — Desculpe mas... você não disse seu nome.

— Para você, é professor Snape. — o homem mal humorado disse, antes de se retirar e bater à porta das masmorras com força. Provavelmente deveria ter acordado todos naquele processo.

Maia olhou para seu relógio de pulso, que indicavam cinco e cinquenta da manhã. A garota então se obrigou a subir as escadas novamente e colocar seu novo uniforme. Quando entrou no quarto, apenas Daphne tinha acordado, e já escovava os longos cabelos louros na própria penteadeira. Todas elas, sem exceção, tinham penteadeira própria e também, banheiros próprios. O dormitório era duas vezes maior do que o quarto dela, que já era grande, em Manhattan.

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