𝐃𝐄𝐙: a tempestade

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Hogwarts
01 de novembro de 1993
02:30 pm

O CAMINHO ATÉ A SALA comunal da grifinoria pareceu muito mais torturante do que havia sido no dia anterior. Snape praticamente a arrastava pelos corredores, mesmo que Maia tentasse se desvencilhar dele, ele alegava que ela andava mais devagar do que uma lesma.

— Não sou devagar como uma lesma! — ela bufou, finalmente se soltando do professor — E não fiz nada!

— Não é a mim que você deve explicações, Moore. — Snape disse, se voltando para ela — É ao diretor e a professora Minerva. Agora vamos, antes que você me arranje mais problemas.

Maia abriu a boca para replica-lo, mas se calou ao ver o olhar severo do professor. Não tinha muitas papas na língua, mas quando se trava do diretor de sua casa ela ainda tinha um pouco de temor a vida.

Quando finalmente chegaram a torre da grifinoria, a garota arregalou os olhos ao ver o quadro-passagem rasgado ao meio, com a ausência da mulher gorda que estava ali horas antes. O que teria acontecido?

— O que houve com o quadro? — perguntou sussurrando ao professor, que sem encara-lá, respondeu

— Fugiu quando viu Sirius Black. Ninguém sabe aonde ela foi parar. — disse, entrando pela passagem entreaberta e fazendo sinal para que ela o acompanhasse.

O que antes era calmo agora parecia um alvoroço de pessoas. Todos os alunos estavam na parte de baixo, enquanto um dos Weasleys que ela não sabia o nome tentava acalmar os mais novos assustados, outros pareciam emburrados por terem sido acordados. Porém ao verem Maia, todos se calaram, e a encararam com uma expressão enfurecida:

— Foi ela! — Granger disse sem mais nem menos, segurando um gato persa nas mãos. — Ela foi a última pessoa de fora a estar aqui e sabia a senha.

— Do que você está falando sua lunática? — Maia bufou, pronta para terminar o que haviam começado — Eu não fiz nada!

— Mas sabia a senha! — Ronald foi quem replicou — Quem não nos garante que você não deixou escapar para algum deu seus amiguinhos?

Antes que Maia pudesse voar em cima dele, Snape a segurou, puxando-a para trás novamente.

— Calados! Todos vocês! — a Professora Minerva gritou, severa — Não é hora de apontar dedo baseado em achismos e rivalidades. — ela olhou para Rony e Hermione que se encolheram — Srta Moore, você falou da senha para alguém? Se lembra de ter falado sem querer?

— Professora eu já disse que não falei nada... — a garota bateu o pé — Harry pode confirmar! Ele quem disse a senha para que nós entrássemos aqui.

Todos os olhares se voltaram para Harry, que estava em um canto da sala com uma cara muito sonolenta. Usava uma blusa de flanela e calça do mesmo tecido, mas ainda sim parecia suficientemente acordado para encara-la.

— É verdade. Foi eu quem disse a senha. — deu de ombros — Mas Maia ouviu de qualquer forma, então...

Maia nem quis encara-lo. Era injusto que nem mesmo ele acreditasse nela sendo que tinham tido um ótimo dia juntos e ela estava começando a acreditar que eram amigos.

𝐓𝐄𝐍𝐀𝐂𝐈𝐎𝐔𝐒 | Harry Potter Where stories live. Discover now