Capítulo 13

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Segunda-feira, 19:35.
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Soraya
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A cama estava bagunçada, os travesseiros estavam jogados pelo chão,  e eu estava inquieta. Mexia um pouco o meu quadril e arranhava a coberta da cama, meu corpo estava suado, e o lençol cobria da minha cintura pra baixo. Me acordei quente e excitada, até em sonho a Simone é fogo. _Merda, que bagunça_ eu falei assim que me levantei, tinha algumas coisas caídas no chão, o quarto estava escuro, e já era noite lá fora. Dei uma olhada pela janela do nosso quarto e vi que ainda havia um grande movimento nas ruas, acho que não era muito tarde. Peguei meu celular e vi que ainda ia dar oito horas. Fui tomar um banho, para aliviar esse calor que sentia, a Simone não estava no escritório, e nem no outro quarto, resolvi banhar logo. Enrolada na toalha eu fui para o andar de baixo, e não encontrei ela, pra onde a Simone foi será? Vi um pequeno bilhete no balcão da cozinha, era dela. "Amor, fui fazer as compras, não quis te incomodar, por isso deixei que você continuasse dormindo, logo estarei de volta". Simone é tão fofa. Quando ia subir a campainha tocou, será que ela esqueceu as chaves? Ao abrir me deparei com um homem, um pouco mais alto que eu. _Pois não?_ eu falei. Ele parecia meio desconcertado ao ver como eu estava, ainda de toalha.

_Oi, meu nome é Carlos, estou me mudando para o apartamento ao lado... desculpa incomodar, é que como ainda estou organizando a mudança, não tive tempo de comprar algumas coisas pra lá, será que você poderia me arrumar um pouco de açúcar, para preparar um café_ ele tinha em mãos uma xícara.

_Claro, só um minuto_ fui na cozinha e trouxe de lá um pacote de açúcar, depois eu compraria outro, a Simone deveria trazer nas compras também, acho que não tinha problema. _Aqui, pode ficar com esse, depois compro outro_

_Muito obrigado. Mudança dá um trabalho, não é mesmo?_

_Sim, é verdade. Chegou hoje mesmo?_ tentei esconder mais o meu corpo.

_Sim, pela tarde. Eu consegui um emprego aqui no Rio, decidi me mudar, um amigo me falou que tinha um apartamento nesse prédio para alugar, não perdi a chance de vir logo. Como você se chama?_ seu olhar estava me incomodando um pouco, ora olhava para meu corpo e depois para os meus lábios.

_Me chamo Soraya, seja bem-vindo aqui no prédio_ tentei arrumar uma desculpa para ele parar com suas olhadas nada discretas, mas ele continuou puxando assunto. Não demorou e a porta do elevador se abriu, era a Simone. E pela sua mudança rápida de expressão, ela não gostou nada do que viu, vi ela apressar mais os passos. _Oi amor, vi o bilhete que deixou_ falei quando ela se aproximou, mas ela não parava de encarar o homem a sua frente agora.

_Posso saber quem é você?_ ele ficou sem jeito com a forma que ela se dirigiu a ele, ele se apresentou, e logo se retirou. _Por que está de toalha com um homem desconhecido Soraya?_ ela perguntou ao entrar.

_Ele veio aqui pedir um pouco de açúcar amor, pois está se mudando para o apartamento ao lado, disse que ainda não tinha comprado suas coisas, por isso veio aqui_ vi ela sair bufando para a cozinha, eu logo fui atrás dela.

_Não gostei. Não gostei da forma que ele estava te olhando. Por que não vestiu uma roupa hein?_ ela estava zangada.

O preço de um amor selvagem Where stories live. Discover now