Capítulo 24

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Liana

Eu acordo com uma gritaria na porta da minha casa, conforme vou acordando reconheço a do meu vizinho e vou até porta ver.

- Que foi? Já não basta o barulho que você faz na sua casa?

- Você que sempre grita- ele parecia alterado.

- Você bebeu?- ele pensa e conta nos dedos.

- Um...não, não uns copos.

- Tá mais para varias garrafas.

- Para de me julgar, só quero conversar com alguém. Vamos sentar aqui oh- ele diz sentando no chão e batendo a mão para eu sentar.

- Levanta, para de loucura.

- Loucura? loucura é eu me interessar por alguém e não receber atenção. Caralho, eu só recebo atenção de quem não me interessa- ele levanta cambaleando. Ver ele assim é engraçado, ele é todo cheio de posse- Caralho, eu bêbado mesmo.

- É, se acender um isqueiro a rua inteira explode.

-Além de atrevida é engraçada- ele diz andando até mim- Algum dia... se você permitir..- ele cambaleia um pouco- eu não quero mais ninguém, que não seja você- isso me deixa um pouco vermelha.

- Linda sua declaração mas tá na hora de você ir embora.

- Viu? é disso que eu tô falando, eu quero a sua atenção, mas você não tá nem ai pra mim- ele senta e começa a chorar- Eu não namoro com ninguém, a Alicia fica igual uma tonta falando por ai que eu namoro com ela, mas isso é uma mentira.

Ele passa a mão no rosto e eu percebo que a mão dele tá inchada.

Matheus

- O que aconteceu com sua mão?

- Tá quebrada- eu não vou contar a ela o que eu fiz.

- Porque?

- Eu tive uma briga- eu não vou mentir, mas não vou contar o que eu fiz, não por enquanto.

- Então você foi beber para aliviar a dor?

- Também, eu fui comemorar o aniversário de um amigo- eu levanto e tento andar, mas não da certo. Eu sento na calçada, preciso de um café forte e um banho.

- Eu odeio bêbados- A Liana tenta me ajudar, mas eu sei que ela arrependeu- Vou te ajudar a ir pra casa- eu sou muito mais pesado que ela.

- Você podia me carregar, minha casa tá longe.

- Meu filho, só uma perna sua é meu peso- eu não sou tão forte assim, mas tenho alguns músculos e por eu ser alto e homem, minha estrutura corporal pesa bem mais que a dela.

- Então- eu levanto ela pela perna- eu te carrego- ela é alta, mas é tão leve, não faço nenhum esforço.

- Seu imbecil me coloca no chão, vamos cair.

Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora