Capítulo 62

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Matheus

1 horas e 30 minutos antes

Tom me mandou uma mensagem dizendo que, tem certeza que o lugar era aquele mesmo e que agora estão indo buscar a Liana definitivamente. Eu não perco tempo e vou pra lá, chega de espera, eu só quero que isso acabe pra ela.

A neblina toma conta da estrada e a poucos carros pela via, o sitio fica há uns 40 minutos de BH, mas eu vou o mais rápido que eu consigo, eu quero ver aquele filho da puta primeiro que todo mundo. Eu chego e o lugar está silencioso como se não tivesse ninguém, eu paro o carro bem longe vou andando, tem um lugar seco na estrada de acesso , sinal de que tinha um carro parado lá.

Matheus

Quando eu vou me aproximando da casa tem um pouco de movimentação, tem dois caras na entrada, uns 3 do lado e até um cara com um fuzil. Estão todos com mascaras e roupas pretas e eu não estou diferente, então me enturmo no meio deles.

- A gente podia tá pegando bandido de verdade, mas estamos aqui por causa de uma garota filhinha de papai, aposto que fugiu com macho e tá no bem bom.- esse cara não tem noção da merda que ele tá falando, minha vontade é meter um murro na cara, mas não posso. Desculpa por deixar ele falar assim de você.

- Meu filho esse cara é um vagabundo, eu gosto mesmo de pegar estuprador e regaçar e na porrada e pra você tá defendendo esse cara você é pior que ele- um outro policial diz e oi cara fica todo sem jeito. Bem feito.

Eu e mais um cara entramos, a casa é enorme então nós dividimos entre o primeiro andar e depois veio mais uns caras que foram para o segundo andar.

- Aqui não tem nada- ele diz.

- Nem aqui- eu olho pra fora. A propriedade é enorme e nós fundo tem duas casas menores, tipo chalé e bem na frente tem uma casa de banho perto da cachoeira e é lá que eu vejo um luz fraca, tá bem longe.

- Onde você tá indo cara?- o policial que estava comigo diz e eu ignoro completamente, só corro na direção daquela luz. Era eu, aquele monte de mato e minha vontade de levar a mulher da minha vida pra casa.

Parece a casa que o caseiro fica, dentro tem 2 quartos, cozinha e banheiro, a casa é bem espaçosa, mas não parece ter ninguém aqui. Eu ouço vozes e me escondo atrás da porta do banheiro.

- Essa é a ultima casa da propriedade, ela tem que estar aqui- uma mulher diz para o Tom, pra mim ele só estava ajudando de fora, mas esse imbecil veio... é Tom você é um ótimo amigo. A mulher não da pra ver direito, eu conheço o Tom por causa desse cabelo russo dele.

- Eu lembro de ter um quartinho aqui, onde eles guardavam um monte de coisa- eles passam por mim. E depois de uns minutos eu vou atrás e ele achou uma porta, que tinha uma escada que dava num porão e estava cheio de coisas e de portas. Eu pego a arma e entro mais no lugar e então escuto a mulher gritar.

Tom

- Tom, sai da ai- eu viro pra olhar pra porta e um cara que eu não sei de onde saiu entra na minha frente e é atingido.

- Caralho- eu estava tentando destravar a arma, eu estava de costa pra "porta" e não vi o laser- Não, não, não dorme. Abre o olho- o sangue esguicha e eu tento fazer um torniquete com minha mão mas o sangue continua, o tiro pegou entre o pescoço e a clavícula- Acorda caralho- o cara usava uma mascara de combate que dava pra ver só os olhos e eu tive que tirar.

Sabe quando você ouve as coisas a sua volta longe? parece que eu tomei um soco no estomago, quando eu vi quem era.

- Não, por favor não! Isso de novo não- eu começo a ficar em choque- Matheus, acorda- eu começo a chorar- Seu burro, porque você fez isso? Matheus, não dorme caralho! A gente tá quase lá- ele aperta minha mão e dá um sorriso fraco- Foram segundos, segundo que pareceram uma eternidade.

Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora