Cura-me com fones de ouvido part. 02

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Voltei com o final dessa viagem e um capítulo que diz muito mais do que parece. Abra os olhos, o coração e tenha uma boa leitura!

O baque da minha cabeça na parede não foi nada comparado com a urgência que eu sentia

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O baque da minha cabeça na parede não foi nada comparado com a urgência que eu sentia. Se eu estivesse consciente o bastante para pensar, ficaria assustada com a necessidade de ter dois dedos dentro de mim.

Parecia que eu podia morrer. É como se, de alguma forma, eu precisasse extravasar sentimentos guardados por horas. Ou melhor, dias.

Qual sentimento?

Puro e claro: tesão.

Emma beijava o meu pescoço como se sentisse o mesmo. Sua mão passeava firme, contrastando com o meu cérebro bêbado e os meus joelhos fracos. Não falávamos nada, porque não era necessário.

Qualquer tipo de álcool que cobria o meu sangue falava por mim.

E eu não queria pensar. A única coisa que eu precisava agora, era da língua daquela loira irritante passando pela minha jugular, pouco antes da sua boca chupar os meus lábios.

E como se ouvisse mentes, foi exatamente o que ela fez.

Parecia um dejavú muito real. Os dedos longos de Emma Swan ora puxavam meu cabelo pro lado, ora tampava a minha boca, o que era completamente inútil, já que eu usava desse momento para senti-los na minha língua, numa promessa silenciosa de onde eles logo estariam e como ficariam molhados.

Emma não falava, mas sorria. Olhava pra mim com tanto tesão enquanto beijava meu queixo que eu sentia que faria qualquer coisa que ela me pedisse. Qualquer coisa por ela, por aqueles olhos e por aquele sorriso sacana tão brilhante e bonito.

O torpor bêbado não me dava muito espaço ou força mental para evitar o pensamento de que nunca tinha me sentido daquela forma. Queimando por dentro, ansiosa, louca por um prazer que eu nem sabia que existia. Mesmo que eu tenha me casado.

Eu achei que aquele encaixe gostoso e perfeito dos nossos lábios só tinha acontecido pelo desafio, pela sensação de andar na ponta do precipício, como o meu primeiro sexo depois do divórcio. Achei que essa sensação da minha lubrificação escorrendo pelas minhas pernas seria exclusiva para aquela noite em que Emma Swan me acompanhou até um hotel e me fodeu.

Literal e metaforicamente, já que estou admitindo agora coisas que eu jamais diria em voz alta (ou no meu pensamento).

Posso culpar o vinho falando por mim? Ou o jeito que tudo aconteceu?

Quando aceitei aquela viagem, me convenci de que nada aconteceria. Regina Mills e Emma Swan poderiam sim dividir um quarto de hotel sem se matarem.

Eu só não quis ouvir o diabo no meu ombro que insistia na ideia de que não, não nos mataríamos, mas talvez o crime fosse outro: cairia em tentação.

Um gemido que eu não identifiquei se era meu ou dela, interrompeu meus pensamentos segundos antes da minha perna tocar o colchão de solteiro. Ainda que Emma pudesse segurar minha perna encaixada na sua cintura por um tempo, eu sabia que não ficaria muito tempo presa na parede simplesmente porque meus joelhos estavam cedendo.

ponto sem nóWhere stories live. Discover now