Capítulo 12- Louis&..

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-Senhorita Lalisa, o senhor Marco perguntou se você voltará para jantar convosco.

-Não.

-Mas ele implorou que a senhorita venha. A senhora Bruschiweiler quem fez o jantar.

-Desculpa tio Saeli mas tenho muito o que fazer.

Era uma tarde de verão. Lisa estava ainda com a mochila nas costas, conversando com um senhor de cabelo grisalho que parecia estar na sua idade de aposentar, vestia um terno íntegro mas no olhar exalava uma preocupação difícil de definir. Porém Lisa não encarou-o pelos olhos, nem menos procurou fazer isso, invés disso riscava o chão se entretendo com os pedregulhos que soltavam do concreto.

Ao terminar a fala, apenas se virou deixando o senhor de idade desamparado:

-O senhor Marco perguntou se você está bem.

-Diga a ele que estou ótimo. E sem precisar de um centavo dele.

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Desde o perdão já se passara duas semanas. Lisa e Rosé não tiveram nenhum outro vínculo senão um obrigada por parte da loura, selando a paz entre elas.

Lisa uma vez ou outra esbarrava o olhar com ela. E outras vezes ela com a Lisa. E cada vez que isso acontecia, Lisa fazia questão de contar as estrelas no seu olhar, até a Rosé despistar corando. E então Lisa ria da facilidade de avermelhar o rosto da garota.

A verdade é que a morena tinha um ego. A lua por mais que seja bonita, Lisa nunca quis alcançá-la e sim, esperá-la que este venha atrás dela. Mas o problema às vezes para o começo de uma história seja esse. Uma falta de impulso para que o passarinho possa aprender a voar, mesmo sabendo que a queda poderia ser dolorida.

Ao deparar com isso, Lisa sentiu um pontada de distorção nos seu coração, um sentimento difícil de descrever. Abaixou o bucket hat amarelo e seguiu a passos largos para o destino incontável.

Virou a esquina e adentrou-se a uma rua sem saída escondida atrás dos arranha céus da cidade. Ouviu-se uma voz ecoar:

- Hey! Coma devagar Louis!

Lisa não precisou de muita inteligência ou muito boa memória para detectar a autora da voz.

Naquele dia, a Terra se aproximava do outono, e as folhas das árvores no quintal na senhora Hee pareciam cair não no chão, mas num miocárdio que batia sem receio.

Lisa assim observou e contemplou a obra divina a mostra, estacada no ponto cego da visão da Rosé.

Lisa de 17 anos conhecia pouca coisa. Mas o que ela vira de constelação e montanhas, de mares e morros, Lisa sabia que não alcançava a beleza dos olhos da Rosé.

Se aquele par de olhos fossem mais brandas, era possível que derreta o Sol, e claro, Lisa também.

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Until I found you - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora