20. Teu nome é momento

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Olá! Desculpe por qualquer erro, espero que gostem do capítulo, boa leitura.

(18 de outubro ) - Harry

Percebi que ontem fez uma semana que minha vida se tornou um caos - oito dias para ser exato.

Tantas coisas ao mesmo tempo que é difícil de acreditar se isso realmente aconteceu.

A frente do espelho, espalho a base por todo o rosto.

Minha mãe uma vez me deu ela.

Uma base cara de alta cobertura.

Eu nunca havia entendido o porquê.

Até que um dia Desmond me acertou um soco e eu finalmente pude utilizá-la.

Quando eu a usei pela primeira vez, eu caí na gargalhada e não conseguia parar de rir.

Minha mãe havia comprado uma base para que pudesse esconder as atrocidades que o pai faz com o próprio filho.

Nunca achei que minha mãe seria a primeira pessoa a me trair.

Afinal, ela é minha criadora.

A pessoa que devia me proteger do mundo e me ensinar o que de fato a vida é.

Na real, ela me ensinou o que a vida é.

Ela ensinou que para tudo a uma cobertura, a algo a se esconder.

Pode ser utilizado dinheiro ou uma base cara de alta cobertura.

Ela conseguiu me ensinar os lados da vida dentro de casa.

Às vezes eu paro e penso se tudo isso tinha alguma razão, algum propósito, se eu tivesse feito algo para merecer cada soco, se eu tivesse feito algo de errado para cada queimadura que havia em meu corpo.

Mas eu não fiz nada.

Eu nasci e acabei com a família que tinha de tudo para ser perfeita.

Passo a base abaixo dos olhos, onde as olheiras profundas pela noite mal dormida e um hematoma na mistura de cores roxo e verde se encontravam.

Aqueles pensamentos torturantes me fizeram virar na cama durante horas até pegar no sono.

Pensamentos que me fizeram ter pesadelos e acordar assustado e coberto de suor.

Louis Tomlinson havia me beijado.

E como se eu tivesse meus treze anos e havia recebido um beijo do mesmo em minha bochecha, meu coração disparou como a porra de um traidor.

Me assusto com a porta do banheiro se abrindo, e assim que olho para o lado, Anne me encara de cima a baixo.

Eu estou apenas de calça, eu havia acabado de sair do banho, e aproveitei o embalo para me cobrir.

Todo o meu corpo doía, todas as vezes que passava a esponja por cima de um hematoma do meu rosto, ele doía tanto que eu acabava por resmungar. O ato de mexer o braço para conseguir esconder os tons a mais na minha pele, doía todo meu braço, até mesmo onde eu não sabia que podia doer.

Minhas braçadeiras também não estavam em meus braços, estava logo ao lado, esperando para serem utilizadas.

As queimaduras não doíam igual nos últimos dias, mas outra dor era uma dor suficiente para as queimaduras não serem nada comparado aquilo.

Era como um interruptor.

A dor era desligada, mas em compensação, uma maior se prevalecia.

Anne me analisou como se realmente estivesse preocupada comigo.

Hell Skulls | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora