CAPITULO 6

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NARRAÇÃO
Giovanna estava acostumada a gravar cenas de ação e era um dos prazeres que a televisão proporcionou e raramente usava dublês porque amava estar em cenas assim.

- Gio, ta tudo pronto? - A maquiadora perguntou.

- Até parece que eu dou o toque final né? Mas acho que poderia colocar mais drama aqui nos olhos. - Disse Giovanna dando mais um pitaco em sua personagem.

- O cabelo já tá ótimo, acho que se mexer fica exagerado né Lu? - Disse a cabeleireira para a atriz que estava esperando Giovanna.

- Sim, é verdade. Já tá detonada o suficiente. - Respondeu Luci rindo com todos na sala.

NERO

Giovanna, Giovanna, Giovanna. Na hora do meu almoço, eu só conseguia pensar naquela mulher, mesmo que sem querer, tudo me fazia voltar a pensar nela.

- Neroooooo, vem cá! - Ela me chamou assim que entrei no refeitório.

- Nossa mulher, quem te atropelou? Dia difícil delegada? - Eu ri da caracterização dela.

- Ai para, seu palhaço. Eu vou gravar com você hoje, pode comer logo pra gente bater o texto rapidinho? - Ela disse mais rápido do que eu conseguia raciocinar.

- Ah ta, só porque você quer né? Vou comer e subir, mas não é porque você ta pedindo, é porque eu sou um artista comprometido.

- Não to brincando hein? Quero você lá em cima!

GIOVANNA
Eu já tinha almoçado com as meninas do elenco, conversamos sobre a vida alheia, a novela, nossas personagens e a caracterização.

- A Gio que ta bem, gravando com um homem louco por ela. Depois falam que a arte não imita a vida. - Dira comentou olhando pra mim.

- Louco por mim? Tá doida Di? É admiração profissional. - Digo com vergonha.

- Ah Giovanna, vai falar que nunca percebeu o jeito que ele te olha? - Mariana comentou me deixando ainda mais envergonhada.

- Como assim gente? Que complô é esse? Eu vou trabalhar que não ganho pra ficar aqui ouvindo essas bobagens. Parou tá! - Falei levantando da mesa.

- Vai lá com seu admirador profissional. - Lucy riu com as meninas.

ESTUDIO
- Tá tudo bem? - Giovanna perguntou olhando para Nero que esfregava as mãos nas calças.

- Tá sim, só to ansioso. - Nero respondeu rindo.

- Relaxa, ta? É uma cena simples. - Ela tentou acalmar ele. - Vem cá. 

Nero não teve outra opção e o abraço durou pouco, mas o suficiente para acalmar o ator que sorriu.

- Quem diria que uma bruxa dessa iria me acalmar? - Ele brincou para descontrair.

- Ah vai pro inferno Alexandre! - Ela riu com o restante da equipe.

- Podemos começar engraçadinhos? - O diretor disse ouvindo as brincadeiras.

Ambos confirmaram a decisão e entraram em seus personagens de forma rápida, tomaram suas marcas e puxaram suas emoções.

CENA
Stenio entra correndo no apartamento de Helô e a encontra viva e fica aliviado. Ambos choram e se abraçam.

STÊNIO: Eu tive tanto medo, quando me contaram, eu tive tanto medo.

Eles se soltam do abraço.

HELÔ: Stenio... Foi um milagre eu ter escapado. Foi um milagre.

STÊNIO: Eu tive medo de te perder. Tive medo de chegar nessa casa e não te encontrar mais. (pausa) Você é muito importante pra mim. Eu nunca duvidei disso, mas... Agora ficou tão claro.

compatibilidade de gêniosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang