CAPÍTULO 13

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Maya se sentiu estranha quando finalmente percebeu que o carro havia parado. Foi estranho porque ela não sentiu nenhum tranco e muito menos o freio de mão travando como era acostumada, então Stella se perguntou pelo menos umas três vezes do porque Ayla já estava a retirar-se do automóvel, foi quando a ficha caiu e ela entendeu estar no destino final, a casa da Ruiva Gremista, ou melhor, a Mansão de Ayla Garcia.

A fachada da casa lhe assustou um pouco, aquilo era estranhamente enorme, só por fora assustava Maya ao imaginar se perdendo diversas vezes nos prováveis cômodos enormes. Dava para saber que estava um breu, de fora conseguiam captar todas (ou a maioria) das lâmpadas apagadas do lado de dentro, Jackson esperava não estarem completamente sozinhas, ela era corajosa, mas nem tanto.

— Eu deveria imaginar que você morava em uma casa gigantesca quando você me mandou entrar em uma Mercedes-AMG novinha e com um puto de um motorista... — Essa frase era para ter ficado apenas no seu cérebro, porém foi falha a não-tentativa de guardar o sentimento de ver algo tão caro de perto.

— Não é tão grande assim... bom, a casa da Rebeka é maior! — a ruivinha estava um tanto sem graça proferindo a resposta que demorou para formular em seu cérebro, na verdade Ayla queria rir com todas as expressões que Maya fazia sobre a primeira impressão que ela teve sobre a casa, era engraçado e adorável de um jeito estranho, isso fazia Ayla querer odiar ainda mais aquela garota. 

Depois de pegar o molho de chaves repleto de chaveiros lilás no bolso de seu casaco, Ayla caminhou até a porta da frente junto de sua convidada, ao mesmo tempo que José conduzia o carro até a garagem ao lado da entrada. 

A porta foi aberta rapidamente, dando a visão da sala de estar mal iluminada, apenas as luzes amareladas do corredor que levava para a cozinha deixava que o cômodo fosse minimamente visível, o ambiente era grande e bem arejado pelas enormes janelas ao redor, os sofás pareciam caros e chiques, não eram um daqueles extremamente grande que você sente que pode dormir tranquilamente nele, os sofás da sala da casa de Ayla davam mesmo a impressão de um ambiente chique. 

Tudo ali era um mar de branco e cinza, sem contar que o chão era brilhante mesmo que as luzes estivessem apagadas, se não soubesse que ali realmente residia uma família, a Jackson poderia achar que é uma casa usada para gravação de filmes e séries.

— Pode entrar, fica à vontade — a Salles deu espaço para que a morena entrasse primeiro, não demorando para estar ao lado de Maya depois de trancar a porta. — Você quer alguma coisa? Uma água, um suco, café, chá....

Um silêncio constrangedor se instalou em meio as duas garotas, aquilo tudo parecia um pouco estranho, principalmente entre elas, na verdade é muito estranho. 

Maya tentava esconder a risada nervosa, não sabia bem se era pela situação ou pelas últimas palavras de Ayla que a atleta definitivamente levou para o duplo sentido. 

— Ah, não... obrigada, eu tô bem. — novamente o silêncio enquanto as duas se olhavam, aquilo estava deixando a vergonha prevalecer, por pouco elas podiam esquecer o objetivo que as levou até a casa da Garcia. 

— Tá... — A ruiva suspirou mordendo os lábios — isso é meio estranho, né? 

— É? — Com um olhar afiado sobre o corpo da ruiva, Maya saiu daquela bolha chata de constrangimento para começar a se aproximar da menor, era estranho como quando seus olhos ficavam tempo demais analisando a garota uma vontade súbita de tocá-la preenche o seu ser. 

— É, eu nunca imaginei isso... tipo, você na minha casa. 

Os lábios naturalmente rubros tomavam um tom ainda mais intenso de vermelho pelo aperto constante dos dentes branquinhos de Ayla ali, por algum motivo sua respiração vai ficando mais rápida e profunda a cada passo demorado que Maya dá em sua direção, os olhos da líder de torcida captaram perfeitamente o olhar de tom malicioso em cima de todo seu pequeno ser, isso é excitante, todo o desejo que estava sentindo no banco do parque a pouco tempo está a tona, tomando o lugar da muralha de vergonha e constrangimento que separava as duas adolescentes. 

Sentimento ImensurávelWhere stories live. Discover now