Capítulo 18

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O poder da persuasão.

Amanda, não é do tipo de pessoa que vive se abrindo com qualquer pessoa, até mesmo comigo, é muito raro ela contar algo sobre si. Todos temos um modo de nos defender ou de tentar nos autoajudar. É nosso, algo que só a gente sabe. Criamos um mecanismo de defesa para cada situação ou ocasião. Muitas pessoas preferem beber. Outras preferem ser indiferente. Outras escolhe guardar para si e ir se degradando aos poucos. Eu sou o segundo tipo de pessoa. Amanda é terceiro tipo de pessoa e Pedro, o primeiro. A cada problema que surge em sua vida, sua solução é beber até esquecer. Amanda vem se degradando aos poucos, guardando algo que eu já sei, mas é algo que eu não posso opinar.

Guilherme, é o nome do problema que está deixando minha amiga sem sono. Eu vejo que ela gosta dele de verdade. Guilherme é o menino que deu em cima dela na festa que fomos e eu pedi os WhatsApp dele para ele. Eles estariam muito felizes, se não fosse um pequeno e quase gigante problema: seus pais. Os pais de Amanda são pessoas gentis, mas ele a querem com alguém que tenha futuro e não com um recepcionista de balada. Eu, óbvio, que assim como ela, discordo disso. Sua mãe se recusa a aceitar esse namoro. Seu pai, preferiu não opinar, segundo ela.

— Eu posso e vou tentar conversar com eles. — Me ofereço, para ajudá-la.

— Vai ser em vão, Isaac. Eu conheço muito bem meus pais. Minha mãe é uma mulher bem difícil de se lidar.

— Não duvide do meu poder de persuasão. — Brinco, para aliviar a tensão do momento. Estamos na praça de alimentação do shopping, onde Amanda devora uma porção grande de batatas sozinha.

— Desse jeito, seu colesterol vai te matar. — Repreendo-a. Ela encara as coxas de frango empanada e as larga de volta no balde, mas em menos de 1s volta a comer. Reviro os olhos.

— Você não percebe, que eu já estou morrendo de dentro para fora? Já é possível ver. — Desabafa melancolicamente e eu concordo internamente.

— Por isso, eu vou falar com eles. Eles precisam ouvir algumas verdades e abrir os olhos e ver que dinheiro não é tudo.

— Você mesmo deveria seguir seu conselho. Dinheiro não é tudo Isaac. — Ela repete o que eu disse e eu dou um gole no meu mcshake, que parece mais grosso que o normal.

Saímos do shopping e seguimos para a sua casa. A pedido de Amanda, não irei conversar com eles hoje, mas eu vou uma hora ou outra. Um lado que eu não conhecia de Amanda é me apresentado. Amanda me apresenta sua coleção de vibradores. Tem de várias cores e tamanhos, assim como grossura. Tem um rosa, pequeno e grosso - demais eu diria -. Solto uma piadinha e ela gargalha. Pelo visto, eu não sou o único viciado em sexo. Sua coleção de brinquedinhos, fica em um fundo falso do seu closet imenso. Suas fantasias sexuais, são muitas, já que tem muitas fantasias ousadas.

Para entreter Amanda me ofereço para tirar umas fotos delas, já que um dos hobbies dela e ser modelo. Amanda seria uma ótima modelo. Posiciono as luzes e dentro do quarto montamos um cenário com um pano verde, que dá para tirar o fundo e colocar outro fundo. Amanda faz poses com fluidez e naturalidade. A câmera dela é uma câmera profissional e as fotos, ficam incríveis. A modelo ajuda muito, para as fotos ficarem incríveis. Amanda tem curso de fotógrafa, por isso ela mesmo edita as fotos e damos altas gargalhadas editando as fotos.

O próximo passo para tirar ela dá bad é assistir filme. Escolho maratonar Harry Potter. Pedimos pizza e não esperamos a pizza chegar para começar a assistir. Amanda pergunta se pode chamar Gui para assistir com a gente, mas para isso, eu preciso fingir que ele é meu namorado, para seus pais não desconfiarem. Eles só ouviram falar dele, mas nunca o viram pessoalmente.

Uma Droga Chamada Amor.Where stories live. Discover now