Capítulo 2

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Jesus lhes respondeu: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento". (Lucas 5:31-32)

Capítulo 2

Heloísa

Os dias iam se passando, eu já estava começando a me agoniar com a velha situação de antes. A comida de casa estava acabando.

O dinheiro que recebi dos clientes da minha mãe já não havia quase nada e nem havia mais encomendas para entregar.

Passei a comer apenas o café da manhã e o almoço.

Três dias depois, não adiantou mais. Simplesmente não tinha mais nada nos armários, só havia água na geladeira.

Quase chorei por ter feito a burrice de comprar outro chip e ter colocado crédito no meu celular, logo que recebi o dinheiro dos clientes.

Fiz isso por estupidez pura, eu queria fuçar a vida do Caleb nas redes sociais.

Agora o que queria mesmo era esquecer que o tinha conhecido naquela balada, que ele esbarrou em mim quando eu fugia do agiota por lá e que depois o reencontrei no casamento da Tânia e mesmo descobrindo que ele tinha uma noiva, ainda fiquei com ele!

Não foi nem difícil encontrar o nome dele na rede social, porque ele era um piloto famoso, como as outras madrinhas da Tânia tinham me falado. Porém, ele era bem profissional, não misturava profissão com vida pessoal, assim não descobri nada relevante sobre a relação dele com a noiva, lá ele só postava coisas da carreira mesmo. Como não achei nada passei a fuçar a vida da mãe dele, que apareceu com ele, num dos posts que tinha lá. Daí para encontrar sobre a noiva foi um pulo. Enfim, consegui, porém foi só para piorar meu ânimo. Fiquei paranoica com todas a fotos da noiva com ele, a mãe do Caleb parecia ser fã da mulher. O pior era que pelas imagens, parecia que estava tudo bem entre eles. Eles não tinha terminado coisa nenhuma!

Enfim, meu crédito acabou no dia seguinte e agora estava sem comunicação de novo e sem dinheiro para comprar comida.

Em minutos as consequências daquela burrice começou de novo, minha barriga roncou.

Abri os armários mas só deu para fazer um chazinho, até o pó de café tinha acabado.

Fiquei andando pela cozinha pensando numa saída, um pensamento de ligar do convencional da minha mãe para lhe pedir algum dinheiro veio, mas tratei de tirar da cabeça, não era possível aquilo não. Eu deveria ajudá-la e não ela a mim! Nunca enviei um centavo para ela da capital. Mas também, como faria? Nunca sobrava nada.

Sentei-me na mesa e contei as notas da carteira, era quase nada, talvez não desse nem para o café. Fiquei alguns minutos pensando no que fazer, precisava dar o meu jeito, e tinha que ser sozinha, sem emprestar nada de ninguém eu já devia gente de mais!

O despertar parte 1(Histórias para refletir)Where stories live. Discover now