OBRIGADA POR ESTAREM AQUI, COMIGO
BEIJOS NO CORAÇÃO!
CAPÍTULO 4
Alessandro
A voz da Ellen no meu ouvido não rompeu minha análise, que ia desde o instante em que a encontrei até aquele momento. Analisava, principalmente, o desejo incontrolável por ela. A transa intensa, como nunca experimentei antes, não fora suficiente para me saciar. Seus traços perfeitos e angelicais, contrastando com aquela força, atitude de guerreira, era no mínimo instigante, sobrepondo meu controle. Não era para o meu coração estar assim, tão aquecido; a atração doida jamais deveria existir. Então por que a sensação de a conhecer como a palma da minha mão preenchia meu corpo e alma?
"Inadmissível!", pensei, fechando as minhas mãos com excesso de força, fazendo os ossos dos meus dedos doerem.
— Aleeeee — persistiu.
— Eu não confio nela! — concentrado na porta, falei, áspero. Contudo, não possuía autoridade sobre o meu emocional. Inoportunamente estava envolvido na sensação estranha.
— A informação da piranha tem fundamento? — Ellen se aproximou, colocando sua mão sobre minha barba sem que eu desviasse minha atenção da madeira. Ali eu avaliava toda aquela situação inusitada. — Eu preciso saber o que está incidindo, por favor! — implorou, atravessando minha análise.
Eu necessitava colocar a cabeça no lugar, quero dizer: as cabeças. Era intolerável me sentir atraído por aquela garota nada inocente.
Meu faro dizia que ela não era quem dizia ser, mas sim, uma víbora se armando para atacar.
A questão era saber o que ela pretendia e até onde iriam os riscos com relação aos meus pais. Sim, pelo fato do Dener se destacar na área profissional, entretanto, na área pessoal era o contrário. Muito introvertido, o cara preferia ficar em casa. Nunca soubemos de alguma namorada, o que reforçava a tese do testamento e paternidade serem uma fraude.
— Ela se declarou filha do Dener — eu disse, mudando o olhar da porta para os olhos azuis arregalados e espantados.
— Impossível! — indagou, perplexa, como todos ficamos.
A afinidade de toda a família com o Dener fazia daquela notícia duvidosa.
— Isso mesmo que ouviu — confirmei, inalando forte até os limites dos pulmões, para baixar o ânimo, e segui ao banheiro. O perfume da ordinária impregnado no ambiente me desestabilizou com aquele frio idiota na barriga.
Fiz uma rápida higiene e voltei ao quarto.
Com expressão de pânico, Ellen estava no mesmo lugar e com as duas mãos cruzadas atrás da cabeça.
— Quais as medidas que você pretende tomar? — perguntou ela.
— Primeiro é necessário certificar a veracidade desta informação.
Saí do quarto. Como no banheiro, o rastro do seu perfume pairava no corredor. Dei uma ligeira passada no meu quarto para pegar o meu celular. Ainda molhado e sem vida, lembrei que havia deixado no closet um outro aparelho do mesmo modelo de reserva e troquei o chip.
A Ellen me aguardava no corredor quando saí do quarto, e me seguiu até o escritório.
Ao abrir a porta, as poltronas da pequena sala de estar de apoio, à direita, estavam vazias. De frente para a janela, com as duas mãos enfiadas no bolso da calça e com o olhar perdido no pomar lá fora, meu pai se mostrava claramente chateado. O cômodo estava localizado no mesmo lado dos quartos.
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NÃO TE DEIXAREI PARTIR
RomanceVENHA SE AVENTURAR NESSE ROMANCE APAIXONANTE E MUITO HOT Ela era a própria tempestade. Ele achou que conhecia de tempestade. Alessandro Ferrari era conhecido como o "poderoso" CEO, milionário aventureiro e mulherengo nato nos Estados Unidos. Na sua...