Garota de Ipanema - Camren

○ Capítulo 14 - Segredos e Caveiras ○

Rocha na mídia.

Esse aqui é babadeiro viu?

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Ipanema, Rio de Janeiro.

Horas Antes...

Narrador Pov

- Eu realmente lamento que tenhamos chegado a essa situação Sinuhe, mas nossas filhas não podem continuar se vendo.- Clara falou de forma séria e baixa a dona Sinuhe que estava um pouco pasma com a situação.- Você é uma ótima empregada, mas vou ter que demiti-la.

- Clara acha mesmo que isso seja necessário? - Michael perguntou um pouco indignado ao lado de sua esposa.

- Sim querido, nossa filha não pode ter essas influências, sem querer ofender.- Falou para Sinuhe que fugiu um pouco sem graça.- Sabia que ela estava andando na favela e indo a bailes de lá?

- Meu amor, ela já é adulta e faz o que ela bem entender, você não pode se meter na vida dela assim a ponto de demitir a mãe da amiga dela, só por serem de comunidade.- Michael falou sério e Clara bufou alto.

- Só que eu não quero ela lá de jeito nenhum entendeu?! Eu não quero a Lauren pisando naquele lugar cheio de bandidos e drogados! - Clara explodiu falando um pouco mais alto.- Eu só...quero o melhor pra nossa filha, ela tem um futuro brilhante como médica.

Michael negou com a cabeça e saiu dali em passos rápidos e raivosos sem conseguir acreditar no que sua esposa estava sendo capaz de fazer.

- Tudo bem senhora, vou arrumar algumas coisas e ir embora.- Sinuhe falou baixo e saiu dali rápido. Clara soltou um suspiro quase de alívio passando as mãos em sua testa.

Seu celular tocou em seu bolso e ela logo o pegou, assim que viu o nome do contato imediatamente foi para um lugar mais reservado do apartamento e atendeu.

- O que você quer agora!? - Perguntou sem paciência escutando uma risada do outro lado.

- Se acalma Clarinha, sinto falta de quando você era mais carinhosa comigo.- A mulher revirou os olhos ao escutar aquilo.

- Fala logo o que você quer, eu tenho mais o que fazer.- Falou olhando para a praia de Ipanema pela grande parede de vidro.

- Sabe muito bem o que eu quero.- A mulher fechou os olhos se contendo para não xinga-lo.

- Quanto? - Perguntou voltando a abrir os olhos.

- Cem mil e se reclamar eu vou aumentar.- Clara travou o maxilar e apertou o telefone na mão.

- Você está um abusado! Tudo bem, eu faço a transferência no banco ainda hoje.- Falou rangendo os dentes.

- Como está a nossa filha?

- Ela não é sua filha, ela é só minha entendeu!? - Clara se exaltou um pouco e olhou pra trás vigiando se alguém lhe ouvia.- Eu já garanti que a Lauren vai ficar bem longe de você e da sua imundice de favela, estou te pagando pra não a procurar e acho bom que continue assim!

Clara não esperou ele falar e desligou a chamada, soltou o ar dos pulmões com força ficando um pouco tensa, logo se serviu de uma bebida para relaxar.

Do outro lado na favela da Rocinha, o Sargento Rocha ria divertido olhando para a chamada encerrada em seu celular, logo ele guardou o aparelho no bolso da sua calça e apreciou um pouco a paisagem no alto do morro.

- Aí chefe, manda o papo.- Cabelinho chegou ficando ao lado de Rocha olhando a paisagem.

- Tô precisando de um favor grande, tu vai me ajudar nessa.- Rocha falou olhando para Hugo.