CHELSEA - A Ascenção De Um Narco (H.S)

28 | Dedo no gatilho

— VOCÊS ABRIRAM A MERDA DO PORÃO?! — A voz de Louis é um grito e meus olhos estão posto na bebida derramada em meu copo sobre mesa. — Tinham que ter me ligado para eu desligar a câmera e não invadido a merda de um... bordel subterrâneo.

— Acha mesmo que aqueles engomadinhos da câmara dos comuns trepa no pó de baixo da terra? Aquele lugar era insalubre. — Diz David agarrando a garrafa de Rum.

Lizie está sentada na outra ponta da mesa, frente à mim e olhando para Jade ao meu lado como uma pantera observa sua presa antes de ataca-la. Lamento não ter mais tempo para preparar minha irmã para assumir meu lugar, mas sei que mesmo assim ela se saíra muito bem.

— Harry... — A voz de Jade é um sussurro e me inclino para ouvi-la sem tirar meus olhos de Louis. — Porque estou aqui mesmo?

Louis fala com os meninos, sua voz aguda e levemente fina está alta e ele anda de uma ponta a outra da sala até parar ao lado da mesa.

— O que eu boto no topo da lista primeiro... A denúncia dos nossos golpes ou vocês invadindo o covio de prostituição dos Malik? — Ele caminha pela sala de jantar como se fosse possível acalmar seu animo exaltado.

— Por que... — Digo para Jade e meus olhos voltam para o copo em minha mão e penso no que dizer. Sua mão está em minha perna e sua atenção em mim, esperando uma resposta. — Quando acabar sua missão em Birmingham vai ser praticamente uma de nós.

Esse é um daqueles trágicos momentos em que por uma coincidência todos se calam no pior momento e apenas a sua voz preenche o ambiente com algo que não era para mais ninguém ouvir.

E todos os olhares estão em mim e na garota ao meu lado. Até mesmo David que estava sentado de costas se vira para me olhar com a sua cara mais engraçada e tomada por espanto em uma careta. Sinto a mão dela apertar minha coxa com mais força e mesmo receoso coloco minha mão esquerda sobre a sua. Ela está se sentindo encurralada com todos os olhares sobre ela.

— Não sabia que estávamos pegando currículo. — David ironiza quebrando o silêncio e a mandíbula travada e olhar semi cerrado da minha irmã deixa claro que ela não aprovou essa ideia.

— Teve alguma votação que eu não participei? — Louis diz cruzando os braços e olhando para Jade... Esse olhar é um olhar que conheço e que eu não gosto.

— Teve sim! A de Harry e seu parlamento de um homem só... E mesmo que tivesse seria cinco contra um e ela não estaria sentada nessa cadeira. — Lizie contrapõe, mas Niall é quem me surpreende ao dizer:

— Na verdade quatro contra dois, acho proveitoso que ela entre, afinal... Ela sabe o bastante para nós comprometer.

— Não estou gostando dessa conversa, Harry. — Jade sussurra ao meu lado.

Em um peteleco David tira a tampa da garrafa de Rum virando a mesma em seguida como um maratonista com sede.

— Então matamos ela! — Diz David como se fosse óbvio. — Vamos lá votação... Quem quer matar a Jade? — E para minha supressa todos menos Niall levantam a mão e David começa a contar. — São... Um, dois, três... quatro votos contra dois. Jelena trás uma arma por favor. — Ele fala com a empregada que acena saindo da sala de jantar.