30 | A garota da cadeira ao lado

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Meus olhos estão fixos nas latas em minha frente, postas sobre uma mesa improvisada com tabuas velhas na garagem de Harry

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Meus olhos estão fixos nas latas em minha frente, postas sobre uma mesa improvisada com tabuas velhas na garagem de Harry. A arma em minha mão é extremamente pesada fazendo meu braço tremer devido ao cansaço de está a duas horas mostrando o quanto sou medíocre. O chão está repleto de capsulas e o olhar treinado de Niall em mim, me deixa ainda mais nervosa.

Ele era um fuzileiro e pelo o que entendi ele entende tudo de armas. O que não me ajuda tanto quanto imaginei. Louis e Lizie me observam errar as latas pela quadragésima vez em quanto Harry está concentrado em um pequeno dispositivo explosivo do outro lado da garagem.

— É assim que ela vai se defender? Que desperdício de munição. — Louis diz, abrindo mais uma lata de cerveja e jogando a ultima no chão.

— Essa arma é muito pesada, não dá. — Digo desistindo e devolvendo a mesma para Niall, que apenas me olha com aquele olhar estático sem mover um único dedo.

Ele tem um olhar como o de Harry, vazio... O olhar dele rasga uma pessoa no meio ao mesmo tempo que parece esconder tantas coisas. Ele não pisca ou sequer move os olhos para qualquer parte, simplesmente me encara. Talvez esse seja o olhar de um soldado de guerra.

— Tem uma Gx4 na caixa. — A voz de Harry soa sem tirar os olhos da bomba. — Ela é mais leve.

Volto a me concentra em Niall ao meu lado. O cabelo loiro está coberto por uma boina cinza inclinada levemente para a frente, que dá a ele um ar mais sombrio e respeitoso.

— Ela precisa fortalecer a musculatura Harry, você sabe que ela não pode ficar usando armas de porte velado o tempo todo. — Niall diz pegando a arma da minha mão, retirando o pente e colocando mais munição.

— O problema é que ela é muito ruim nisso. — Louis diz dando um gole da cerveja em mãos e volto a pegar a arma da mão de Niall. Ele é tão paciente e calmo.

— Olha... Primeira coisa. Nunca o dedo no gatilho. — Ele se posiciona atrás de mim. A mão de Horan toca na minha, movendo meu dedo para a lateral. — Deixe o dedo indicador ao lado do cano e outra coisa, está puxando o ferrolho como se estivesse puxando a corda de um estilingue. Você vai puxar rápido e com precisão para só então soltar, mas antes deixe a arma inclinada para a lateral, vai ficar mais confortável e prático. Tenta, puxe o ferrolho para mim.

Minha mão segura acima do cano, puxando o ferro para atrás com o máximo de força que tenho e soltando em seguida, com a arma na lateral e dedo fora do gatilho. Viro-me apontando para as latas e a voz de Niall se aproxima do meu ouvido, a mão esquerda dele toca no meu braço livre.

— Coloque sempre a outra mão abaixo do carregador, vai ajudar a estabilizar na hora do disparo. Não vai querer que a arma salte da sua mão quando apertar o gatilho ou acertar a pessoa errada.

— E se eu atirar sem querer... Acidental? — Pergunto e ele nega. Niall está sempre a olhar-me nos olhos, sem desviar até que eu quebre o contato.

— Não existe tiro acidental, existe negligência. Precisa ter consciência e saber quando deve usar uma arma, não é um brinquedo para sair por aí atirando. Quando segura uma arma tem que está pronta para matar ou morrer. — Niall aponta de volta para as latas e volto a me concentrar na minha aula. — É normal não acertar, também não acertamos o tempo inteiro, nem eu e nem Harry. — Ele faz uma curta pausa. — Não! Eu sempre acerto.

CHELSEA - A Ascenção De Um Narco (H.S)Where stories live. Discover now