Quebrado - O passado de Draco Malfoy

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             ALERTA DE GATILHO
Nesse capítulo contém: insinuações de estrupo, drogas, sexo e suicídio.

Deixei Hermione sozinha no  chalé do sítio apenas para ir lhe comprar flores. 

Não é que eu não queria falar da Astória com ela. Mas é que não funciono sob pressão. 

O meu passado com Astória me trás lembranças horríveis, das quis eu nunca queria ter vivenciado e, porra, minha mãe não tinha  nada que encher a cabeça de Hermione com esse assunto. E agora eu vejo a incerteza no olhar dela, mas porra,  meu amor por Hermione é constante. A Hermione me faz sentir coisas que a Astória nunca me fez sentir antes. 

Mas também não nego que Astória foi meu primeiro amor. Crescemos juntos. Nós éramos inseparáveis. Eu diria melhores amigos. Construímos memórias incríveis. E quando os hormônios falam mais alto, eu já estava perdidamente apaixonado por ela.  Embaixo de uma árvore, foi onde rolou o  nosso primeiro beijo, mas depois disso, quando descobrimos o quão louco é a paixão. Astória achou melhor não ir adiante com receio de estragar nossa amizade e passou a sair com um ex colega meu Blásio. 

Mas o cara era um desgraçado mentiroso, que gostava de ter a Astória correndo atrás dele. É óbvio que ela ficaria em frangalhos. E usaria meu ombro para chorar suas mágoas. Eu a amava, mas sentia-a que a perdi para sempre. 

Procurei encobrir meus sentimentos e passei a agir com serenidade, como a porra de um amigo deveria ser. Mas não havia nada que pudesse fazer a não ser confortá-la enquanto eu suportava a dor de vê-la sofrer, consumida em uma paixão avassaladora por um cara que abusou dela de todas as maneiras. 

Eu vi isso acontecendo e não pude fazer nada para parar o desgraçado. Ela alegava que se eu o matasse ela iria entrar na mais profunda depressão, se é que já não estava.

Meu peito queima só com a lembrança,  pode passar o tempo que for. A dor é costante, a culpa sempre vai estar no fundo da minha alma, eu sou a porra de um homem fodido, é assim que eu me sinto.

Nove anos atrás.

O meu celular toca no bolso da calça, e já tenho moção de quem seja.

— Por que você está me ligando?  O moleque aí não tá dando conta?

Eu dou um sorriso, mas logo desapareceu, quando ouço a voz chorosa e sem vida de Astória 

— Você pode me ver agora?

Não demorei muito para estacionar a moto em frente a casa dela. Seus pais me permitiram subir até o quarto. Astória estava sentada  na cama, cabisbaixa, abraçando os próprios joelhos.

— O que esse babaca fez com você agora?

Ela me olhou seria.

— Não o chame assim.

— Você é patética. 

— Por favor não me julgue, venha cá. Ela se permitiu sorrir.

Hesitei, mas acabei indo até ela. Sentei-me em sua cama e deitei repousando a cabeça nos joelhos dela.

— Você é lindo, sabia?  – Ela diz, acariciando meu cabelo e depois fica correndo o dedo nos fios da minha sobrancelha — Mas não posso amar você… não da mesma maneira que você me ama, e você sabe os motivos…

Ela é tão patética por pensar que nossa amizade vai acabar se acaso dormimos juntos. Por isso recusa meus sentimentos. 

— Qual é, eu já superei – brinco, mas nenhum sorriso nasce nos lábios dela, tudo que há é tristeza nas suas expressões — Você está uma pilha de nervos hoje Astória, o que há de errado? 

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