one door for two | MAX VERSTAPPEN

YOUR FIRST MOTHER'S DAY

O final de tarde daquela sexta feira, trazia junto consigo um final de semana de folga e em família para a programação de Carmine. O anúncio da gestação coincidiu com a proximidade do dia das mães e a italiana não pensou duas vezes antes de dizer a Max para chamar Sophie e Victoria com a família para irem para Monte Carlo.

A luz automática se acendeu assim que ela saiu do elevador e antes mesmo de alcançar a porta no final do corredor, Carmine pôde ouvir as gargalhadas infantis de Luka e Lio do lado de dentro e foi impossível controlar o sorriso que surgiu em seu rosto. Seus dias favoritos eram quando chegava em casa eles, ou Maethe, estavam visitando. Amava a forma como sentia sua energia automaticamente recarregada com a presença deles e como, mesmo depois de um dia exaustivo no hospital, era capaz de ficar sentada no tapete da sala por horas, brincando e fazendo palhaçadas apenas para vê-los rindo. Era inegável pensar que em alguns meses estaria chegando em casa para encontrar os sorrisos do próprio filho.

Assim que virou a chave na fechadura, Carmine percebeu as gargalhadas cessarem e no momento em que empurrou a porta, encontrou dois pares de olhos azuis atentos lhe encarando.

- Ne! - a voz animada de Luka e a rapidez de como ele levantou do tapete e correu até a porta, fizeram a italiana sorrir.

- Eu estava morrendo de saudades de você, gattino.

Sem dificuldade alguma, Carmine suspendeu o pequeno em seu colo, ouvindo as gargalhadas de Luka assim que curvou o corpo para frente, enquanto enchia as bochechas rosadas de beijos.

- Você vai esmagar a sua tia desse jeito, filho - a voz de Victoria soou pelo corredor e fez a italiana lhe mostrar a língua por trás da figura do garoto.

- Não ouça sua mãe, pode me abraçar assim para sempre - ela devolveu Luka para o chão e se abaixou, recebendo os bracinhos de Lio ao entorno de seu pescoço e um beijo na bochecha.

O filho caçula de Victoria era tão adorável quanto o irmão, mas era inegável que seus olhos brilhavam muito mais por Max do que por Carmine, diferentemente de Luka, que se pudesse se mudaria para Monte Carlo, apenas para ver a tia todos os dias.

Assim que a italiana colocou a bolsa no sofá, foi puxada pela cunhada para um abraço apertado.

- Eu estou tão feliz por vocês dois - as palavras da loira soaram abafadas - Finalmente vou saber a sensação de ser tia - ela brincou, fazendo Carmine rir.

- É maravilhoso, eu prometo - ela olhou em direção aos dois garotos, que já estavam imersos em seu próprio universo outra vez, brincando com alguns carrinhos.

- Nós chegamos há pouco tempo - Victoria se explicou - Mamãe foi deixar as coisas no quarto de hóspedes e o Max precisou atender uma ligação de Christian - a italiana arqueou uma sobrancelha, estranhando a ligação naquele horário.

Antes que as duas pudessem engatar qualquer assunto, a figura de Sophie e seu sorriso materno se fizeram presentes, e assim como Victoria, a belga apertou Carmine em um abraço demorado.

- Será que agora vem uma menininha? - o comentário da belga fez a nora sorrir.

- Vamos torcer que sim, mas ainda falta algum tempo para descobrirmos.

Algo dentro de Carmine lhe dizia que a ideia de Sophie estava certa mas, a última coisa que queria fazer era criar expectativas para os outros e para ela mesma.

As três se dividiram nos sofás da sala, alterando a atenção entre o assunto que compartilhavam e as brincadeiras de Luka e Lio.

O toque suave dos dedos de Max em seu cabelo, fez Carmine ter vontade de fechar os olhos e aproveitar o carinho mas, inclinou a cabeça para trás, encontrando a figura do piloto apoiada no encosto do sofá, lhe encarando com um sorriso carinhoso nos lábios.