BENVENUTA BAMBINA

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16 de Janeiro de 2026 | 1 mês e 2 dias de Lieve

A liberação de Emma, pediatra que vinha acompanhando o desenvolvimento de Lieve, para que eles pudessem viajar, foi o suficiente para que Carmine ligasse para Franco e arrumasse as malas para irem até Rimini. A italiana não precisou de muito esforço para convencer Charles e Olívia a acompanharem eles, afinal, o casal não tinha planejado nada para as férias devido aos enjoos da jornalista.

As temperaturas frias e típicas daquela época do ano fizeram Carmine enrolar Lieve em uma manta lilás felpuda para descer do avião no aeroporto. 

- Minhas meninas!

A saudação de Franco foi seguida de um abraço apertado assim que encontrou a figura da filha caçula no saguão de desembarque.

- Eu já estava com saudades, pai - mesmo que tivessem passado as festividades de fim de juntos, Carmine sentia que sempre que tinha a companhia do pai por muito dias, mais sentia falta dele depois.

- Eu também, filha - ele deu um beijo demorado na testa da italiana - Como está a nossa pequenininha? - a pergunta de Franco foi seguida de um sorriso e Carmine prontamente descobriu um pequeno pedaço da manta, revelando os olhos azuis de Lieve.

Com pouco mais de um mês, a garotinha ainda dormia dezesseis horas por dia, mas havia começado a passar períodos maiores de tempo acordada.

A alegria de Franco por receber não só Carmine e Max, como Charles e Olívia, era perceptível em seu tom de voz. A empolgação com que ele conversava com os quatro no caminho até o hotel se refletia perfeitamente na forma com que ele gesticulava.

Aquela não era a primeira vez que o casal monegasco visitava Rimini, mas o olhar artístico de Olívia sempre se impressionava com a decoração que misturava perfeitamente elementos clássicos e modernos, apontando uma peça ou outra para Charles, tecendo comentários enquanto eles esperavam Franco buscar a chave do quarto que chamariam de seu pelos próximos dias.

O terceiro andar, apesar de não ser o último, era onde se encontravam as suítes mais espaçosas, inclusive a que sempre pertenceu à Carmine e agora consequentemente também era de Max. Charles e Olívia se despediram rapidamente do casal de amigos e de Franco, seguindo pelo corredor por mais alguns metros até encontrarem o próprio quarto.

- Eu imagino que vocês estejam cansados - o italiano sorriu ao perceber como a filha ainda se sentia em casa ali - Mas tem uma coisa que eu queria muito mostrar para vocês dois... - a frase de Franco terminou em um tom de voz baixo, fazendo Carmine arquear uma sobrancelha - Eu prometo que é rápido - ele maneou para o corredor outra vez, sendo seguido pelo casal.

Quando desceram do elevador, Carmine não havia percebido que a porta ao lado, assim como a sua, não tinha o número do quarto gravado na madeira escura e assim que Franco girou a maçaneta eletrônica, ela pôde sentir seu coração transbordar em sentimentos.

Benvenuta bambina - as palavras do grisalho colaboraram com as lágrimas que se formaram nos olhos da italiana - O seu quarto na casa do vovô.

As paredes, antes brancas como o padrão de todos os quartos do hotel, agora eram cobertas por um tom de amarelo muito claro. As cortinas de voil tornavam o ambiente ainda mais leve quando combinadas com a luz indireta que refletia das pequenas lâmpadas de LED pelo teto rebaixado. O guarda roupas, assim como a cômoda e a cama, eram brancos com leves detalhes entalhados e a parede atrás da cama tinha minúsculas margaridas pintadas, tão pequenas que de longe facilmente poderiam ser confundidas com bolinhas.

- Meu Deus, pai... - as palavras de Carmine foram atrapalhadas pelas lágrimas que insistiram em escorrer - Isso é tão lindo - ela se aproximou mais de Franco, que estava parado sobre o tapete fofo que cobria o centro do ambiente - Muito obrigada - ela se aconchegou no abraço do grisalho, sob o olhar atento e também emocionado de Max.

one door for two | MAX VERSTAPPENWhere stories live. Discover now