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𝐒/𝐍'𝐒 𝐏𝐎𝐕
acordei sentindo um peso em cima da minha barriga, e quando abri os meus olhos, pude avistar meu namorado com seu braço em volta do meu corpo.
— Richard. — o chamei. — Richard! — falo novamente após não obter nenhuma resposta, chacoalhando o garoto.
— 'hm, o que é? — ele pergunta resmungando, ainda com os olhos fechados.
— já são nove horas. — falo após ver o horário em meu celular. — não vai ir pro CT? vai se atrasar.
— mas já? — ele fala dando um pulo da cama e indo até o banheiro.
— eu avisei pra você ir dormir cedo, mas não, quis ficar jogando videogame até tarde com o Endrick. — falo me levantando da cama e ele não responde. — 'tô lá embaixo preparando o café. — saio do quarto e desço até a cozinha.
hoje era dia de jogo, ou melhor, dia do melhor clássico do mundo, Palmeiras X Corinthians, mais conhecido como Derby Paulista.
o jogo seria no Allianz Parque, e eu ficaria assistindo de casa, pois me recuso a colocar os pés naquele estádio, mas caso fosse na Neo Química, a história seria outra.
sempre fui corintiana roxa, desde pequena, por conta do meu avô, que passou esse amor pro meu pai, e passou pra mim. eu conheci o Richard, quando ele jogava no Guarani, e pra mim não tinha problema nenhum, pois era um time que não fazia diferença nenhuma na vida do Corinthians, mas a história mudou assim que o Richard assinou contrato com o Palmeiras.
eu sempre apoiei meu namorado em tudo, vestia a camisa do Guarani, e ia aos estádios vê-lo jogar, mas com o Palmeiras seria totalmente diferente, o maior rival do meu time tendo meu namorado como jogador!
claro, que como namorada, eu torço muito por ele, e até comecei a acompanhar os jogos do Palmeiras para torcer pelo meu namorado e vê-lo jogar.
estava fazendo um café da manhã bem reforçando, com todas as coisas que Richard gosta, pois era dia de jogo e ele tinha que se alimentar bem. terminava de passar o café, quando senti braços em volta da minha cintura e uma respiração quente em meu pescoço.
— bom dia amor. — Richard fala depositando um beijo em meu pescoço.
— bom dia vida. — me viro, selando nossos lábios.
— preparada pra perder hoje? — ele pergunta abrindo a geladeira.
— ata! vocês vão levar um amasso, já 'tô até vendo. — falo e ele ri.
— amasso com esse time minúsculo? cês não servem nem pra ganhar do Botafogo e vão ganhar da gente? — ele fala se sentando na mesa.
— vai começar, Richard? — pergunto colocando a garrafa de café em cima da mesa, e me sentando.
