Capítulo 26

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Narrador

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Narrador

Na noite anterior...

- Sim Anne, eu entendo sua preocupação referente à apresentação dos alunos, mas eu posso te garantir que minhas alunas estão preparadas, e serão capazes de ser classificadas para a próxima fase do campeonato. - Florence afirmou ao telefone, enquanto conversava com sua chefe.

Anne era uma mulher simpática, e uma ex-dançarina excelente, no entanto, por mais que não transparecesse, ela era perfeccionista e exigente, e isso era algo que tirava a paciência de seus funcionários.

A razão pelo qual Florence havia sido contratada, era porque a mulher tinha identificado na jovem, a mesma determinação e ambição que ela tinha em ser a "melhor" em tudo, e claro, também por conta do currículo, e da performance que a garota lhe apresentou, a fim de mostrar suas habilidades.

Currículo este que Florence teve que alterar o nome do colégio onde estudou, e dos locais onde havia feito curso de dança, teatro, e aulas de canto, com a ajudinha de Caroline, que compeliu as instituições a dar um diploma para a amiga.

Na teoria, aquilo parecia antiético, mas se fosse levado em conta que a jovem estudou de fato aqueles cursos, em outro universo e outras instituições, e que elas não existiam naquela realidade, aquela falsificação era compreensível.

No período em que Florence foi afastada da Companhia de Ballet, Anne cogitou a ideia de despedi-la e contratar outra professora, porém, quando observou o desempenho de suas alunas, chegou à conclusão de que a jovem era essencial na empresa.

Contudo, o fato de Florence já ser ansiosa, lidar com autocobrança e partilhar do mesmo perfeccionismo de sua chefe, intensificavam completamente seu estresse.

- Eu entendo, e posso te assegurar que tudo ocorrerá bem. - Ela falou, respondendo Anne que estava na linha. - Obrigada, tenha uma ótima noite, tchau tchau. - Finalizou a ligação, depois de alguns minutos.

Com isso, a jovem suspirou, jogando o celular em cima do sofá e levando as mãos até os cabelos.

- Vai tudo dar errado. - Ela disse, sentindo-se ansiosa. - Droga Florence, por que você teve que se tornar uma adulta?! - Falou sozinha, estressada.

Pra melhorar sua situação, a farmácia na qual ela comprava sua medicação, não tinha mais seu antidepressivo no estoque. Isso significava que ela teria que aguentar ficar sem o remédio por um tempo, até poder comprá-lo novamente.

O problema era que aquela farmácia era a única que vendia a medicação sem receita médica, isso porque Caroline também havia compelido um dos vendedores a vender o antidepressivo, sem laudo psiquiátrico.

Sim, aquela era outra prática ilegal que Florence havia feito a vampira cometer, e não tinha orgulho, contudo, ficar sem remédio não era uma opção.

Caos Entre Luzes e SombrasWhere stories live. Discover now