Após quebrar o coração, Beatriz Moraes de 18 anos se muda para Barcelona, cidade qual conheceu a trabalho.
Beatriz conhece Gavi em uma coletiva de fotos e acabam se tornando amigos. O tempo foi passando e essa amizade acabou em um envolvimento amor...
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Sabe quando você odeia uma situação, faz de tudo pra evitar relembra-la ou até mesmo se dopa de remédios para não ficar pensando naquilo? Essa sou eu em relação a caio e tudo que aconteceu.
Eu evito ao máximo pensar ou relembrar de seja lá qualquer coisinha. Mas quanto mais tento correr, mais esse inferno me persegue.
Eu achei que o álcool me apagaria e me permitiria dormir até que meu corpo cansasse de ficar deitada, e eu até consegui dormir. Os braços de gavi me envolveram a noite inteira me proporcionando um conforto perfeito.
Mas foi durante a parte da manhã que eu comecei a ter pesadelos. E não eram qualquer pesadelo. Era a cena onde caio me agredia, reprises de todas as nossas brigas, a cena dele me traindo. Tudo isso rondava minha cabeça.
Eu tentava acordar, mas meus olhos não abriam e não me permitiam sair daquele sonho horrível. Pude jurar que senti braços me abraçando, e acho que isso me acalmou, porque como num passe de mágicas todo o sonho ruim se tornou em gavi espancando caio e depois cuidando de mim. Sonhos são estranhos, mas esse em específico me deixou confusa demais. Tudo aconteceu rápido, como se estivesse em tempo acelerado.
Acordei assustada, suando frio e tremendo muito. Olhei ao redor e nenhum sinal de gavi. talvez ele tivesse ido embora, talvez não, com certeza. Tive essa certeza quando entrei no banheiro e não o vi.
Respirando fundo e sentindo minha cabeça latejar eu me encaro no espelho, agora eu entendia porque gavi havia saído da cama sem me acordar. Eu estou ridícula.
Eu parecia uma Panda atropelado, meus olhos estavam literalmente todos pretos e meus cabelos todos bagunçados. Ele claramente se assustou e viu que eu não sou a princesinha do dia a dia.
Me rendendo pela sujeira e pela cara de morta eu tiro minha roupa e ligo a ducha. Se eu não tomasse banho agora eu não ia conseguir fazer nada, seja lá em que resto de dia que me sobre.
Tomo um banho demorado e quente, a temperatura alta batendo em meu cabelo de alguma forma aliviada a dor e me relaxava. Eu sei que gastar água é errado, mas eu confesso que aproveitei um pouco e deixei a água escorrer por um longo tempo. Eu precisava disso.
Sai do banho praticamente me arrastando para o quarto, a preguiça que eu sentia em tirar aquele roupão e me trocar era enorme, mas eu precisava fazer algo de útil nesse restinho de dia.
Inclusive, minha mãe deve estar doida, provavelmente fazem mais de 24h que eu não a respondo e se ela não colocou a polícia espanhola atrás de mim ainda é milagre.
Após me trocar e colocar qualquer roupa, apenas procuro meu celular pelo quarto torcendo para que ele ainda tivesse bateria. Quando achei dei graças aos céus por vê-lo com carga. O bixinho tava até gelado de tanto tempo que ficou parado.
Entro correndo no whatsapp e respondo todo mundo, e realmente, todos estavam preocupados. Só da minha mãe tinha 50 chamadas perdidas, talvez quando ela chegar aqui na Espanha eu apanhe, mas, ok.
