Leão

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Capítulo VII

No barco de volta, o trio respirava aliviado por terem completado sua primeira missão sem muitos problemas. Iro estava pensativo sentado no convés, observando a urna de Escultor.

— Tudo bem? — Alexia percebeu seu desânimo e sentou ao lado dele.

— Tudo... Mandou bem hoje, como sempre.

— Obrigada — sorriu para ele. — Mas fala a verdade, no que tá pensando?

— Você tinha razão lá atrás. — Franziu a testa. — Eu não podia usar minha técnica na floresta, seria loucura. Podia ter machucado vocês dois. E eu acabei virando um inútil...

Ela se compadeceu, colocando a mão em seu joelho.

— Não fala assim. Sabe, enquanto você tava desacordado, teve um momento que eu também achei que não ia ajudar em nada. Percebi que eu não ia conseguir me aproximar do inimigo, com tantas armadilhas ao redor.

— E aí o que você fez?

— Nada. Quem fez foi o Tales. Atacou aquele cara à distância e abriu o caminho.

Pensativo, Iro deu um sorriso sem dentes. Ela continuou.

— Serviu pra mostrar que a gente precisa trabalhar melhor em equipe. Afinal de contas, todo cavaleiro tem pontos fortes e fracos. — Bateu com os dedos na testa dele. — E ao contrário do que você pensa, o seu não é o seu poder destrutivo, é isso aqui.

— Minha mente?

— Sua insegurança. — Ela inclinou a cabeça. — E daí que hoje você não usou suas técnicas? Foi só porque não precisou. Quando for necessário, numa situação de vida ou morte, diga foda-se pro mundo, faça o que for preciso. Mesmo que ele precise queimar.

Mesmo que ele precise queimar... — repetiu.

— Só espera a gente sair de perto, tá bom? Principalmente se for uma floresta, uma biblioteca, o alojamento... — Balançou o jovem com o próprio ombro, arrancando uma risada tímida.

Na chegada de volta ao Santuário, a noite já era sua companheira. Estavam exaustos, mas vinham combinando de irem ao bar novamente. Precisavam comemorar.

Jade os aguardava na entrada e lentamente batia palmas.

— Meus parabéns, garotos. Primeira missão concluída! Como se sentem?

— Um pouco cansados. — disse Tales, suspirando.

— Tenho um galo na cabeça — Iro completou.

— É a sensação da vitória! — ela riu, pegando a urna da armadura de Escultor. — Comemorem essa noite que eu mesma entrego ela ao seu dono por direito. Amanhã vocês visitam ele, depois digo onde. Combinado?

Acenaram com a cabeça e foram direto para o bar da Rua das Oliveiras. Lá, reencontraram amigos, conheceram estranhos e passaram a noite falando sobre a missão e se divertindo.

Iro contou em tom animado como seus companheiros tinham sido incríveis. Jogou a moral deles lá em cima, falando alto e chamando a atenção de todos.

Raphael e Nesso pagaram as bebidas para a mesa. Deram boas risadas com a parte do jovem ter sido nocauteado por um tronco de madeira.

Cavaleiros do Zodíaco: Desatando NósOnde histórias criam vida. Descubra agora