Shame- KLONNIE (Adaptation)

38• Bonnie Bennett

—você precisa escolher, Bonnie -declarou Klaus com seriedade. -sei que isso é muito difícil para você, mas precisa fazer isso. Nos próximos 30 segundos você precisa fazer uma escolha.

-Mas... -mordi o lábio enquanto estava na fila da sorveteria, olhando para o cardápio dos sabores. -eu não sei. Qual você vai escolher?

-não vou dizer, porque senão você vai escolher o mesmo sabor que eu.

-que mentira!

Ele arqueou uma das sobrancelhas.

Tudo bem, era a mais pura verdade. Ainda que eu tenho a descoberto a forma como gostava de ovos, ainda estava aprendendo as outras coisas de que gostava sem a influência dos outros da minha volta.

-está bem. Eu posso fazer isso. -respirei fundo e, quando chegamos a balcão, falei para Klaus pedir primeiro, mas ele não caiu na armadilha. Olhei para Camile, a caixa, e abri um sorriso. -Oi, Camile, vou querer um sundae de manteiga de amendoim, por favor.

-Claro. E para você? -perguntou ela para Klaus, e vi nos olhos dela que estava babando por ele.

-vou querer o mesmo. -disse ele.

-como assim?! Você não pode pedir a mesma coisa que eu! -reclamei.

-mas ele sempre pede isso -contou o Camile, sorrindo para Klaus com um olhar cheio de segundas intenções. Que nojo. -é para cobrar junto ou separado?

-separado. -apressei-me a responder.

-junto. -contradisse Klaus, entregando o cartão de crédito.

-você não precisa fazer isso.

-eu sei. -ele abriu um sorriso discreto para mim antes de pegar o cartão de volta. -vou ao banheiro e já volto.

Fui até uma mesa, mas Camile me chamou.

-Bonnie! Bonnie!

-O quê?

Ela mordeu o lábio inferior e colocou a mão na cintura.
-não quero ser intrometida nem nada, mas você e Klaus estão num encontro?

-o que? Não. Nós não... Não somos... Nós não estamos em um encontro. Nós só estamos... -minhas palavras morreram. -a gente não está junto.

-ah, que bom! -exclamou ela, unindo as mãos na frente do peito. -sei que isso pode parecer estranho, mas acho que você já deve saber que Marcell e eu nos separamos recentemente, e Deus sabe o quanto estou sofrendo com isso. Então, fiquei pensando se talvez você não poderia dar uma forcinha para mim. Sinto que se eu tiver uma chance como solucionador, talvez consiga que Marcell volte para mim.

Que merda de cidade era aquela.

-Hum, eu não sei, Camile. Acho que talvez isso seja algo que você mesma deva fazer.

-Ah, por favor, Bonnie! Você sabe como sou tímida. Eu não posso simplesmente olhar para ele e pedir que fique comigo por um tempo.

-está bem. Vou ver o que posso fazer.

Eu não vou ajudá-la nem a pau.

-obrigada! Você é um doce de pessoa! Significa muito para mim. E será que você pode manter isso entre a gente? Não quero fazer parte de nenhuma fofoca.

-pode acreditar que seu segredo está seguro comigo.

Ela me agradeceu de novo e me entregou os sorvetes. Fui até uma mesa e me acomodei.