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 Um cara perfeito

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Um cara perfeito

  Entre gargalhadas Juliana saiu ao lado de Gustavo do cinema. O filme tinha lhe rendido boas risadas. Só que nem de longe se comparava as histórias que ele lhe contava. Gustavo era sem dúvidas uma ótima companhia. O tipo de pessoa que sabe exatamente o que dizer e quando dizer. E isso era o que mais gostava nele. Três anos atrás quando se conheceram, ela estava passando por uma fase difícil de sua vida. E ele, tinha sido alguém que havia lhe ajudado do começo ao fim. Além de fazê-la enxergar a situação por ângulos menos complexos do que no momento ela mesma via, também à ajudou a arranjar um emprego na galeria como professora de artes. Literalmente a ajudou a sair do que ela acreditava ser seu fundo do poço. Onde quase desistiu do que mais amava " pintar!" E dês de então eram amigos.
  
_ O que foi? _ Ele a encarou de repente. Percebendo que ela havia passando um tempo demorado o encarando.

_ Nada... _ Ela se viu ficar sem graça.
_ Só tava lembrando quando nos conhecemos.

_ Hummm... _Ele pareceu analisar a informação. _ Sei que sou a melhor coisa que já te aconteceu. _ Rindo alto das palavras convencidas do amigo, ela se viu abraçada pelo frio gélido da noite. Encolhendo- se quase que automaticamente. Ação acompanhada por Gustavo que rindo, tirou o casaco para colocar sobre ela.

_ Ainda está disposta a ir tomar sorvete? _ Parando em frente a ela, enquanto a cobria, foi a vez dele demorar com o olhar sobre ela.

_ Qual é Gustavo? Porque tá me olhando com essa cara de bobo? Tá parecendo aqueles adolescentes apaixonados.

_ Talvez eu seja. _ Tirando algumas mechas de cabelo que a cobria. Ele sorriu meigamente. Como se fala-se sério. _ E isso fez com que Juliana se senti-se trêmula. Não sabia se pelo frio, ou pelo nervosismo que aquela aproximação lhe causou. " Será que ele ta falando sério? Será que ele era  apaixonado por ela?" As perguntas rondava sua cabeça deixando-a totalmente confusa. Por isso permaneceu imóvel. Ainda sentindo as mãos quentes dele sobre suas faces,  na tarefa de tirar os rebeldes fios que levados pelo vento teimava em ficar em seu rosto. Fazendo seu coração bater acelerado. E por algum momento ela passou a ter outra percepção de todas as ações dele.

_ Para Gustavo! Tá ficando estranho.
_ Nem sabia porque disse aquilo, mas o afastou. Voltando a caminhar. Cobrindo o corpo com os próprios braços, como se estivesse na defensiva.

_ Hei linda, seria tão estranho assim eu me apaixonar por você? _ Nessa altura, parecia que o coração de Juliana queria errar a batida. Era tanta coisa confusa na sua cabeça agora que nem sabia o que dizer. Não queria ser precipitada.

_ Seria sim! _ Disse por fim. Ainda mais confusa com sua própria reação. E então, sem saber como de fato reagir passou a rir, talvez de nervoso. Nem sabia.

_ É, acho que tem razão. _ Apesar dele também ter rido na mesma proporção que ela, naquele momento, Juliana já não sabia se de fato aquelas palavras havia saido da boca dele por brincadeira. Isso fez com que lembra-se de uma conversa que um dia teve com Jessy. Gustavo sim, poderia ser seu cara perfeito. Ele com certeza lhe levaria flores, e a acordaria com um beijo,  a apoiaria em todos os seus sonhos, por mais loucos que fosse. Ele dançaria ao seu lado mesmo quando não houvesse música para os embalar. Sempre a ouviria mesmo quando estivesse sendo tagarela. Suas lágrimas... ele sempre as secaria. Ou talvez nem permiti-se que elas chega-sem a cair. Afinal, ele já fazia todas essas coisas, sendo apenas um amigo. Sabia que ele gostava dela exatamente como era. Não tentaria muda-lá.

_ Gustavo

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_ Gustavo... _ Ela fez com que ele a encara-se.

_ Fala!

_ Eu acho que  por mais estranho que fosse, a gente seria um casal interessante. _ Ela nem sabia como tinha tido coragem de dizer aquilo. Talvez estivesse sendo precipitada, como todas as decisões que costumava tomar. Só que naquele momento, estava querendo apostar. Ver até onde seu amigo , brincando ou não, estava disposto a ir. Com cautela e um leve receio o olhou, afim de captar qualquer reação dele.

_ Um casal interessante. _ Ela o observou repetir. Como se estuda-se aquilo. Em seguida riu, não com entusiasmo. Um sorriso sereno, mas sem demostrar muito significado. Em seguida o viu balançar a cabeça negativamente.

_ É Juliana, você é mais doida do que eu. _ Mesmo sem entender, permaneceu no jogo.

_ As vezes os loucos são os mais sensatos.

_ Será? _ Colocando a mão na cintura dela a puxou para que anda-se perto dele até o carro.

_ E aí? Sorvete ou pizza? _ Começou, visivelmente se esquivando do assunto.

_ Os dois! _ Ela disse por fim, disposta a não voltar a insistir no assunto anterior. Ao que Gustavo com um largo sorriso abriu a porta do carro para ela entrar.

_ Gulosa assim vai me levar a falência.

_ Tenho que aproveitar, afinal não é todo dia que você está generoso assim.

_ Tá quase me fazendo desistir.

_ Nesse caso é melhor eu ficar caladinha. Se não vou perder a oportunidade de te explorar.

_ Quer se aproveitar porque sabe que eu Te amo!

Um cara perfeito Where stories live. Discover now