Capítulo II [Final] - Marcados

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─ Você...
─ Você!
Ambos ditaram entre longos ofêgos e arfadas pesadas, fitando um ao outro, logo mais em silêncio na sala vazia lotada em feromônios; Um alfa atiçado e completamente dopado pelo feromônio de cio e um ômega denunciando seu período de fertilidade por toda o ambiente com os mesmos feromônios..

─ Você.. é o cara do elevador do outro dia! O que-.. ─ O carioca proferiu em confusão ao se aproximar do sujeito ao chão, contudo seu corpo de forma automática recuou passos e apoiou os ombros na batente da porta, ofegando baixo, fitando com suas pupilas dilatadas o paulista receoso e acuado ao canto com o moreno carioca a sua frente quase perdendo o controle.
A pequena sala se tornou algo ainda mais pequena na concepção do moreno, algo estava errado com o paulista.

Ricardo levou uma das mãos a boca e nariz, tentando não focar no aroma doce extremamente provocante e cítrico emanando da massiva onda de feromônio do Ômega paulistano, o qual se encontrava ao chão entre soluços sôfregos.
Porra paulista, Tú tá no cio menó?!... ─ RJ arfou entrecortado com a indagação fechando as pálpebras com força, recuando a passos rápidos para a entrada do pequeno escritório compartilhado.

Paulo deslizou as costas contra a parede de canto do pequeno escritório, mantendo a pouca visão embaçada no moreno ao fundo, o paulista gemia baixo segurando em suas coxas com força, em completo incômodo; O volume da calça crescia junto com a mancha de umidade que saia de sua entrada, lubrificação natural de um Ômega.

E...ei carioca...caralho, cê.. pode... me ajudar aqui?.. ─ Paulo indagou baixo e enraivado acompanhado a arfadas quentes que saiam da própria boca, seu rosto remetia a vergonha; bochechas coradas junto a pupilas dilatadas e lacrimejando, arfando e tremendo constantemente.

O carioca precisou de longos minutos até o fitar novamente, seu rosto também queimava com a situação constrangedora. Observou Paulo recostado à parede, seu corpo tremia acompanhado a arfadas quentes saindo dos lábios finos do rapaz de cabelos negros, agora levemente bagunçados. A camisa social branca amassada com alguns botões abertos devido ao desespero, davam visão a clavícula alva e leitosa junto ao pomo de Adão do Paulistano enrubescido.
Junto ao blazer vermelho vinho recaído agora amassados nos cotovelos do mesmo, o crachá de identificação ao pescoço totalmente jogado de qualquer jeito assim como suas pernas; As quais já se encontravam abertas dando boa visão a ereção demarcada entre as pernas, junto a pequena poça de lubrificação natural demarcada tanto em suas calças pretas quanto o chão do escritório.

Por favor... por favor, eu não aguento mais isso... ─ São Paulo proferiu ofegante choroso quase implorando, tocando nos últimos botões que ainda fechavam sua blusa branca, descendo para o cós da calça preta, segurando com desespero o zíper, fitando o moreno que olhava incrédulo a situação.

Ricardo suspirou um pouco irritado, sentindo seu rosto esquentar ainda mais. Tirando seu novo blazer preto, mostrando sua camisa social branca sem mangas alinhada ao forte peito do moreno; Havia combinado com Brasília que ficaria usando roupas formais em seu tempo de experiência, contudo voltaria a usar suas roupas mais confortáveis em breve, a pedido do Luciano. O carioca a contragosto acatou o pedido, comprando ternos leves para usar em seu tempo de experiência, na semana seguinte se reuniu aos outros estados e pediu desculpas pelo ocorrido do seu primeiro dia, prometendo não cometer os mesmo erros e se esforçando para não fazer tal cena novamente; O que prontamente foi bem recebido pelos outros estados.

Rio havia pegado o jeito com o trabalho, rapidamente fazendo amizade com seus vizinhos; Espírito Santo foi a primeira puxando assunto e se apresentando, logo mais puxando o outro amigo Minas Gerais. Rapidamente ambos desenvolveram uma amizade, dias depois já sentavam na sala de espera/descanso com a moça capixaba jogando UNO, damas e até baralho com o Carioca, acompanhando do Catarinense e o Goiano, os quais perdiam constantemente para a capixaba ES muito provavelmente de propósito para ver a miúda sorrir com animação por ganhar uma das partida, aproveitando para elogiá-la ou até mesmo cortejar a doce garota, que revidava com sorriso alegre junto a rejeição dos sentimentos do goiano que choramingava acompanhando de seu violão chamado viola, o qual vivia carregando por todos os lados.

Negócios de uma noite [PAUNEIRO] +18Where stories live. Discover now