Esse é o perfume dele?

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Milena Ferreira.
São Paulo, Brasil.

Dia de clássico. Algo muito esperado por todos os torcedores.

Meu pai falou sobre isso a semana toda, Veiga também. Nas vezes raras que conseguimos conversar essa semana, ele só falava disso e de como estava ansioso.

Eu ja estava ficando ansiosa. Meu pai saiu mais cedo que eu, para ir com o time até o estádio, então eu iria apenas com Helena para lá.

Estávamos no camarote, convidada de Raphael Veiga. Era o que dizia na minha entrada.

Meu pai ficou desconfiado quando disse que ele havia ne convidado, mas notei um sorrisinho na cara dele. Veiga era o sonho de toda sogra e até de alguns sogros. Meu pai incluído nisso, as vezes sinto que ele gosta mais do Raphael do que gosta de mim.

- Estamos aqui ja Gabriel.- Lena falou no telefone com o quase namorado.- Beleza, vou avisar ela.

- Que foi?- Questionei.

- Depois do jogo, vamos poder entrar no campo.- Falou e eu sorri. Deve ser legal estar la no meio.

Enquanto o jogo não começava, ficamos comendo a comida do camarote e eu aproveitei para tirar algumas fotos.

- Eles entraram!- Escutamos alguma criança falar e olhei para o campo.

O time todo estava la se aquecendo e treinando chutes. A 'Mancha Verde' cantava alto e os jogadores vez ou outra davam oi para alguns torcedores.

Gabriel olhou para o camarote e procurou por Helena. Cutuquei minha amiga que logo recebeu um beijo enviado de Menino, sorri com a atitude dele e mandei um aceno o cumprimentando.

- Olha lá.- Helena falou apontando para a torcida, que estava abrindo uma grande faixa.

- Não sabia que era assim, os jogos na europa não costumam ter tanto agito antes de começar o jogo.- Comentei.

- É sempre assim, é a torcida que canta e vibra.- Falou com brilho nos olhos.

Uma palmeirense raiz, sua família toda foi passando o legado pelo o que ela contou outro dia.

- Tenho muito o que aprender ainda.- Falei e ela sorriu.

- Vai aprender muito quando namorar o Veiga.- Falou e eu revirei os olhos.- Ele vai ficar triste quando te ver sem a camisa dele.

Literalmente dele, ele me entregou um dia na faculdade. Disse que queria me ver usando uma camiseta que viesse no armário dele.

"- Não acha que vão estranhar?- Questionei.

- A menos que você fale para a mídia que é minha.

- Mas tem seu número e nome.

- Que mal tem?- Perguntou sorrindo e eu sorri também.

- Jogou quantos litros de perfume aqui?- Perguntei sentindo o cheiro de seu perfume marcante.

- Apenas o necessário para você lembrar de mim.- Respondeu sorrindo."

- Eu trouxe ela aqui, só estou com medo de usar e pensarem outras coisas.- Falei e ela me olhou com tédio.

- Quem garante que foi ele que te deu?- Falou e eu fiquei quieta.- Vai trocar de blusa vai.

- Ta bom.- Falei e fui ate um banheiro.

Eu estava de short jeans então quando coloquei a camiseta de Raphael, boa parte do short foi coberto. O perfume dele logo entrou em meu nariz e parecia ter se espalhado por todo o banheiro.

Bᥱιjᥲ Fᥣ᥆r; Rᥲρhᥲᥱᥣ VᥱιgᥲKde žijí příběhy. Začni objevovat