Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Era uma tarde de sábado quando Louis pigarreou para contar ao homem mais velho sobre a oferta que aquele loiro lhe fizera.
Decidira ao terminar de tricotar seu sexto xale, com o último rolo de lã que lhe restava e uma gota de suor na testa. As agulhas com as quais Louis tricotava giravam, emaranhavam-se, esticavam-se e terminavam em uma carreira mais longa para a costura inicial. No momento em que o sétimo acabou, ele não hesitou quando limpou a garganta, esperando ser pego pelo alfa de olhos sonolentos.
Harry estava estirado no sofá, assistindo a um filme em preto e branco que fingia ser comédia, mas não roubava um sorriso do alfa. Ele tinha cachos longos e desgrenhados caindo por toda parte; alguns aninhados na base do pescoço, tocando a gola da camisa folgada. Calças largas e pés descalços; olhos sonolentos que fizeram Louis se perguntar se abria a boca ou não.
Louis já havia pigarreado duas vezes de qualquer maneira, e Harry não parecia perturbado. Ele não sabia se era o zumbido na TV, o quão baixo o pigarro tinha saído, ou apenas que ele estava ignorando.
– Harry? – Louis perguntou baixinho, com medo de que ele estivesse dormindo e fosse acordá-lo.
– Oque Quer? – Apesar de suas palavras duras, sua voz era calma.
O menor lambeu os lábios, deixando a costura no colo.
– Preciso te contar uma coisa.
O homem mais velho não respondeu, mas lançou-lhe um olhar fugaz indicando que ele deveria falar. Louis engoliu em seco, dizendo a si mesmo que não havia como voltar atrás agora.
— No dia em que você me levou ao supermercado, conheci um rapaz que me ofereceu um emprego. É um beta. – Louis adicionado.
– Trabalho? – Harry franziu a testa, desviando o olhar da televisão. – Que tipo de trabalho?
– Fazer roupas – Respondeu Louis. – Xale para ser específico.
– É por isso que você passou o dia tricotando?
Assim que o mais novo assentiu, a cabeça de Harry caiu para trás em uma gargalhada limpa e alta. Louis observou as veias de seu pescoço saltarem sobre sua pele e sua boca aberta emitindo aquela risada que o fazia corar. Louis olhou para baixo com vergonha, suas bochechas queimando rosa.
– E você acreditou?" Que idiota você é, caramba. – Harry enxugou algumas lágrimas de seus olhos, com um traço de zombaria persistente em sua voz. – Quem iria querer te dar um trabalho assim? você esta grávido.
Louis colocou as mãos na barriga dele, acariciando-a de cima a baixo. Sorriu para a barriga, embora por dentro sentisse um nó apertado na garganta.