• P R I M E I R O •

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Manhattan | New York───  Josh

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Manhattan | New York
─── Josh. Beauchamp

Muitas pessoas pensam que o motivo do meu sucesso não são as várias invenções fantásticas e inovadores que eu crio para hotéis de luxo, e sim, que tem algo sujo por trás dos meus negócios.

Eu não os culpo.

Tem mesmo!

Mas por culpa de Ron ( meu pai )

Quero dizer, antes da bomba que meu pai fizera questão de jogar em minhas costas, meu negócio era realmente limpo!

Há um tempo ( três meses ) Ron ficou debilitado, devido ao estresse, sua pressão oscilava entre muito alta, e muito baixa, então ele passou, por pressão de sua mulher, a se afastar um pouco dos negócios e ter um tratamento adequado para que sua saúde pudesse melhorar.

Como alguns já devem desconfiar, não tenho um relacionamento, eu diria, saudável, com meus pais, nem sequer os visitei, mas Any, minha esposa, adora minha família, e minha família adora/ama ela.

Também, quem não amaria.

Vejo os vários porquês de minha família amar Any, eu só não entendo o que Any vê em minha família.

Mas, naquele dia, eu acrescentaria mais um motivo para Any não ter que gostar nem um pouco dos meus pais.

- Um milhão por seus pensamentos.

Falando na Diaba.

Any abraçou meus ombros e me olhou através do espelho em minha frente, onde eu tentava, miseravelmente, arrumar a droga da gravata.

Bufo e em seguida lhe respondo.

- Se me ajudar a arrumar essa droga, talvez eu te conte.

Ela deu uma de suas risadinhas graciosas e me virou para ficar de frente para si, logo em seguida arrumando a gravata.

Pus minhas mãos em sua cintura.

- Tudo pronto para vermos seus pais depois da sua grande reunião ?

Ela fala, ironicamente, empinando seu narizinho fino.

- Não.

Respondo com tranquilidade

- Kyle! Não faça assim, são seus pais!

Ela responde, obviamente, irritada.

- Eu não ligo. E você fica linda irritada.

Ela me dá um tapa e termina de ajeitar minha gravata.

- Sei que você não tem lá o melhor relacionamento com seus pais mas, ainda sim, são seus pais.

Ela fica linda me dando sermão.

- Joshua!

Me acertou outro tapa, provavelmente por perceber que eu estava mais entretido em sua beleza do que no que ela falava.

- Eu super entendo o porquê da minha família amar você, eu só não faço ideia do porquê você ama eles.

Falo as exatas palavras que pensei e faço careta vendo ela rir.

- Seus pais me ajudaram com a minha família quando eu precisei, e também, nos conhecemos por "culpa" de sua mãe.

Ela faz uma carinha de satisfeita, como se soubesse que sabe bem a forma para me desarmar.

E o pior é que ela sabe.

- Tecnicamente, eu já te conhecia, ela só deu um empurrãozinho. E minha mãe não te ajudou por livre e espontânea vontade querida, foi uma troca, você me ajudava a me formar, e em troca, ela te pagava. Não pense que Úrsula Beauchamp é uma santa.

Me virei já meio irritado e saí do quarto, descendo para a cozinha, vislumbrando a mesa farta, provavelmente posta por Mag ( Margareth )

Me sento na cadeira rústica e ponho alguns alimentos em meu prato, e ouço os saltos de Any batendo contra o piso.

-Sabe que não gosto quando me dá as costas.

Ela se senta um pouco longe de mim com a carinha emburrada.

Suspiro e mudo de lugar me sentando ao seu lado.

- Desculpe amor, eu odeio brigar com você, é só que...

Ela me interrompe.

- Não foi uma briga, Joshua, foi uma conversa, e uma conversa é quando um escuta enquanto o outro fala e assim sucessivamente.

Ela fica sexy quando dá uma de professora.

A vejo pegar uma salada apenas de morangos com geleia italiana que Mag faz e ela ama.

Any é uma mulher que se alimenta muito bem, e nem é por estética, e sim por saúde, mesmo ela tendo um corpo que eu nunca vi na vida de tão lindo (e gostoso ) ela gosta de uma alimentação saudável e sente vontade de me matar quando me vê comendo besteiras o tempo todo.

- Me desculpa?

Faço uma carinha de arrependido e dou uma leve fungada em seu pescoço cheiroso.

- Não!

- Sim!

Ela me encara e eu faço cara de cínico, ela ri e me dá um tapa.

- Eu te odeio.

Ela diz, e eu me faço de ofendido.

- Então por que se casou comigo?

Pedi convencido.

- Para te dar o golpe do baú e roubar seu dinheiro.

Ela faz uma cara sexy de salafrária enquanto lambe seu dedão sujo de geleia. Ela me dá um selinho rápido e ri da minha cara de idiota, pega sua bolsa e a perco de vista.

Penso: mesmo que Any fosse uma vigarista que só está comigo para roubar meu dinheiro, eu ainda a amaria e me ajoelharia aos seus pés pedindo que não me abandonasse.

Mesmo que muitos pensem que Any está comigo apenas por dinheiro, eu rio da cara desses idiotas. Ninguém sabe que eu só estou onde estou hoje, porque Any foi minha âncora, meu alicerce. A final, construímos nosso legado juntos.

Any tem 50% das ações da rede de hotéis que construímos por dois países, e estamos com o projeto bilionário de construirmos em outros mais.

Se todos soubessem disso, saberiam também que não faz sentido Any ter algum tipo de intenção de me "roubar" afinal, tudo o que é meu, é dela.

A contra gosto, paro de pensar em quão perfeita minha mulher é, e me levanto da cadeira após terminar de comer, pego minha pasta, meu terno e saio da grande casa até a garagem, entro em minha BMW e antes que eu possa ligar o motor, meu telefone toca, brilhando no visor o nome de Ron.

Atendo mesmo querendo desligar em sua cara.

- O que quer?

A forma rude e ríspida saiu naturalmente.

Any me mata se souber que falei assim com Ron.

- Meu filho, precisamos conversar.

Seu tom saiu rouco, era nítido o cansaço em sua voz, por mais que aparentasse estar melhor e mais firme que da última vez que a ouvi.

Mas foi aí que eu soube que:

A merda estava prestes a ser feita.

. . .

Eu escrevi sete capítulos, tirando o prólogo, dessa história em menos de três dias, fluiu muito rápido e espero que continue assim. Eu não ia postar mais nada, mas vou continuar até por que é um hobbie que eu gosto muito. Enfim...

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𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍Where stories live. Discover now