O mundo parou de girar

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Eu não estava acreditando ainda na minha sentença, a minha indignação era tanta que eu nem sabia o que pensar ou fazer ou falar.

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- Antony, você está ai? Estou enlouquecendo e preciso conversar antes que eu tome uma medida drástica. Antony era o meu melhor amigo desde o fundamental era meio idiota mas sempre teve os melhores conselhos para me dar.

- Mas já nesse drama todo Arthur? Ninguém merece logo agora que eu ia tirar meu cochilo da tarde e você mais que ninguém sabe que meus cochilos são sagrados.

- Você sabe que eu não te mandaria mensagem se não fosse urgente, minha sentença foi determinada meu amigo, vou passar as minhas lindas e ilustres férias em Ponta Negra, Antony EM PONTA NEGRA VOCÊ TEM NOÇÃO?

-Mas eu sempre te avisei que não era  só de palhaçada e de  bagunça e confusão que se vive um estudante, agora além de você estragar as suas férias também estragou as minhas porque já tínhamos planejado tudo nos mínimos detalhes, ai você chegou e mais uma vez  estragou tudo.

- Cara não precisa ser cruel, já não está vendo que estou sofrendo? Ficar praticamente um Mês isolado, sem Wi-fi, sem vida, sem nada, pelo menos tente entender meu sofrimento.

- Que sofrimento Arthur? Até pelo que sei você não é a Marilia Mendonça, então deixa de ser dramático e aceita tua condenação afinal tu plantou agora vai ter que colher, agora me deixa tirar meu cochilo em paz.

- Sério cara? Tua "soneca" é mais importante do que minha prisão perpetua?
- Antony? você está ai?
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Não acredito que aquele idiota sem coração me deixou na mão e o pior é que não tenho o que fazer a não ser aceitar e começar a arrumar minhas malas.
Toc Toc, escuto alguém batendo na minha porta, e as pessoas nem esperam eu responder e já saem entrando.

- Olá Arthur, escuto meus irmãos falando comigo

- O que vocês querem? Já não basta ficar sabendo da minha desgraça? Tiveram que vir ver ao vivo e a cores?

- Calma irmão, só viemos ver como você está e se precisa de alguma coisa, Amanda falou tranquila


- É mano, não precisa vir com cinquenta pedras nas mãos, só queremos o seu bem e você sabe disso, Alex já nervoso como sempre já falou um pouco alterado.

- Claro que preciso sim meus queridos irmãos, QUERO QUE SAIM AGORA DO MEU QUARTO E ME DEIXEM EM PAZ,  A G O R A!! Falei praticamente gritando com eles que não pensaram muito e me deixaram em paz.

Ninguém merece, além de tudo isso acontecer comigo, vem os filhos perfeitinhos tirar sarro da minha cara, vão se lascar todos eles.
Fiquei arrumando minhas coisas na força do ódio claro e  mal percebi as horas passarem, quando me dei por conta já estava a noite e já escutava minha mãe me chamar para jantar, tomei um banho rápido e desci.

Como de costume, na mesa estamos eu no meio, Alex ao meu lado direto, Amanda ao meu lado esquerdo e meus pais cada um em uma respectiva ponta da mesa. O jantar acontecia em total paz e  silêncio até que meu pai começou a falar:

- Arthur, espero que suas malas já estejam prontas pois iremos levar você amanhã cedo
Mais uma vez fui pego de surpresa afinal ainda era segunda e eu só iria ir na quarta, sem entender nada perguntei:

-Mas pai, amanhã ainda  é terça-feira o senhor não está se confundindo?

- Não meu filho, estou certo, na quarta-feira seus avós não estarão em casa para te receber por esse motivo vamos ter que adiantar a sua partida.

- E eu achando que nada podia piorar, depois de uma noticia dessa até a fome eu perdi

- Como é Arthur? Minha mãe perguntou

- Nada mãe só perdi a fome, posso me retirar? Afinal amanhã vou ter que "madrugar" Falei com meu tom sarcástico que já fazia parte do meu ser.

- Pode sim, tenha uma ótima noite de sono.
Deu vontade de responder mas  lembrei que minha situação já não era das melhores então simplesmente me deitei e tentei dormir, o dia amanhã seria tenso demais para um ser humano só.


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