Férias inesquecíveis.

Só problemas

O clima estava super tenso, só havia o som da respiração dos presentes no local.

- E ai? Vão continuar me olhando com essas cara de idiotas ou vão me contar o que está acontecendo? Falei com todo ódio do mundo, então Antony começou a falar:

- Não sei porque todo esse drama e esses espanto, nunca viu ninguém beijar na boca?
- Eu não estou acreditando que você está falando isso na minha cara.
- Se preferir eu falo pelas suas costas, sem problema

Eu já não conhecia quem era aquele garoto na minha frente, não era o meu amigo de longa data, não era mesmo

- Como é Antony? Repete isso que você disse se tiver coragem. Disse isso e fui me aproximando dele já de punho fechado, pronto pra dar um soco na cara dele
- Não seja por isso, se você quiser eu falo......
-Chega, já chega!  Antony foi impedido de concluir o que ia falar, pelo susto que levou com o grito que Amanda deu.

- Sim Arthur eu e o Antony estamos nos conhecendo e ele não quis te contar justamente por isso, pelo seu gênio terrível de ser, íamos sim te contar mais só quando já tivéssemos algo mais concreto, mas você como sempre um bom intrometido e enxerido estragou tudo ou seja aguente as consequências.
- Eu não sei se você está sabendo Amanda, eu estou praticamente morando na casa dos nossos avós e esse aqui, falei apontando para o quarto, é o local onde estou ficando, dormindo e acordando, se vocês foram burros ao suficiente de ter escolhido o MEU quarto para ficar se agarrando eu não tenho culpa.
-Amanda? Falou Antony, será que você pode me deixar sozinho com seu irmão, tenho muita coisa pra falar pra ele a sós.

Ela simplesmente concordou com ele e  saiu, sem falar nenhuma palavra, logo ela que era a mais questionadora, dali eu percebi que realmente existia sentimento entre os dois.
Depois de um bom tempo em silêncio Antony começou a falar

-Então Arthur, você mais que ninguém sempre soube que eu sempre tive uma queda por sua irmã
- Eu sabia disso? desde quando? Você está maluco
- Claro que sabia, eu falei com você por diversas vezes, mas como sempre você só escuta o que você quer e nada mais.
- Isso é você quem está dizendo, pra ver se sua consciência fica mais limpa
-Claro que não, estou sendo o mais sincero o possível, mas por favor só me escuta ok?
- Tá. Respondi o mais seco que pude, e ele continuou

- Desde o dia que conheci sua irmã eu gostei dela, mas como sempre fui mais velho não fiz nada e além disso ela é a irmã do meu melhor e único amigo, mas com o passar do tempo fui me aproximando dela cada vez mais principalmente quando você veio pra cá e eu fiquei sem ter com quem conversar.
- Então quer dizer que você aproveitou que eu não estava perto e andou ficando com minha irmã pelas minhas costas? Perguntei irritado.
- Claro que não Arthur....hoje foi o dia que aconteceu o nosso primeiro beijo, e com toda certeza vai ficar marcado na história. Disse Antony de cabeça baixa

Não vou mentir que não senti meio que uma pequena pontada  de pena dele, mas eu estava com muita raiva pra admitir isso, então por final disse:
-Eu preciso sair e distrair a cabeça, é muita informação para um dia só, Antony ia falar mais alguma coisa mas eu não dei tempo e sai rumo a rua como um furacão.

Que dia de M, pensei, tudo deu errado do inicio ao final, mal sabia eu que vinha mais coisa pela frente.
Estava distraído, chutando pedrinhas no chão como de costume quando escutei uma voz de alguém de fundo, pedindo ajuda. Sai correndo igual a um furacão pra ajudar quem fosse.

Quando cheguei no local não consegui ver direito quem era as pessoas, por conta de já estar meio escuro, só deu tempo de eu empurrar o garoto que estava agarrando a menina a força, acho que ele estava bêbado, porque cambaleou e caiu, puxei a menina pelas mãos e saímos correndo dali.

Chegando em um lugar mais iluminado, que fui ver quem era a menina que eu tinha ajudado, quando me dei por conta de quem era meu coração parou

-Amora? Não acredito que é você.