Por que tão cedo?

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Não eram ainda nem 6:30 da manhã e meus avós já se encontravam acordados, como eu sei? O rádio ligado não deixava dúvidas. Levantei meio sem saber onde estava, foi ai que a ficha caiu de vez, eu realmente estava ali e não era um sonho e sim um pesadelo ao vivo e a cores. Foi ai que escutei batidas na porta:

- Toc Toc, Tutu, já acordou? Posso entrar? Escutei a voz da minha avó do outro lado da porta

- Pode sim vó, respondi sem querer responder

Logo em seguida ela entrou e abriu logo aquele sorrisão que só vó tem e acabou de vez com minha raiva, irá e mal humor.

- Bom dia meu neto querido, disse ela vindo em minha direção e me deu um abraço tão mais tão gostoso que posso jurar que tinha gosto de açaí (OBS eu amo açaí, amo mais açaí do que viver).

- Bom dia vó, a senhora dormiu bem?

- Sim meu filho, vim te chamar para tomar café eu e seu avô estamos no seu aguardo para tomarmos todos juntos.

- Opa, agora falou minha língua estou morrendo de fome, só vou tomar um banho e escovar os meus belos dentes ( sempre amei meus dentes).

- Está certo Tutu, vamos te esperar lá embaixo.
Fiz tudo na paz, sem pressa afinal quem tem pressa é mulher grávida kkk, desci e já me deparei com vovô e vovó devidamente sentados na mesa.

- Bom dia meus queridos idosos! Falei com o meu humor ácido de toda manhã

- Dia bom, meu querido velho em corpo de adolescente, retrucou meu avô bem-humorado como sempre.

- Vamos comer? Só estávamos esperando o belo adormecido acordar para tomar nosso café, disse meu vô

-Agora eu super entendi de onde vem meu ar irônico, falei altos e todos nós rimos.

O dia até que foi agradável não vou mentir, mas eu estava com saudades da agitação da cidade, ali era tão mais tão parado que dava sono. Estava perdido em meus pensamentos deitado na rede que tinha na varanda da casa quando escuto meu telefone toca, na tela estava escrito Antony, então atendi:

Ligação ON

- Fala Antony! Ao que devo a honra de uma ligação sua?

- Honra? Que Honra é essa? Esse é a único jeito de falar com você esqueceu?

- Kkkk pior que é verdade, mas o que você quer afinal de contas?

-Só queria saber como você está, querendo ou não você é meu amigo ou melhor único amigo. E ele não mentiu quando disse que eu era o único amigo dele, nos conhecemos no ensino fundamental e desde então nunca mais nos separamos, pra você ter noção eu já perdi as contas de quantas vezes perguntaram se éramos um casal.

- Cara não vou dizer que está ruim mais também não está bom, juro que se meu pai me ligasse agora falando para eu voltar pra casa eu não pensaria nem 3 segundos se quer, e ai? Como está?

- Na mesma, ser filho único é o caos, tive que vir com meus pais para Arraial, não quiseram me deixar em casa sozinho olha que tenho 17 cara 17 anos, mas eles me tratam como se eu tivesse cinco.

- Ué se tu quiser a gente troca de lugar Antony, não vejo problema nisso, ah se eu pudesse, ah se eu pudesse :(

- Cada um com sua cruz, de fundo escutei a mãe de Antony o chamar para dar um passeio de lancha e a inveja cresceu mais dentro de mim

- Arthur, tenho que ir infelizmente, mas quando eu puder te retorno. Até

- Até, respondi sem ânimo e triste por ter que estar naquele lugar e não em arraial.

Ligação OFF

Já eram quase 3 horas da tarde e eu ainda estava na mesma posição deitado na rede até que escutei alguém chamar no portão. Percebi que nem minha avó e muito menos meu avô foram atender seja lá quem fosse, então com muito bom humor (lógico que não) fiz um grande esforço e fui ver quem era que perturbava a minha melancolia.

Já cheguei por conta do canguru perneta, perguntando com raiva nas palavras

- Quem é? Perguntei já abrindo o portão numa ferocidade que pra ser sincero até eu estranhei, mas quando olhei bem para quem estava no porta até minha voz falhou. Era uma menina linda, eu não sei explicar muito bem a beleza que aquela garota tinha, só sai do meu transe quando ela no mesmo tom me respondeu:

- Não te interessa, afinal não vim falar nada com você e sim com seu Adalberto e Dona Alcinéa.

Eu não sei quanto tempo eu fiquei parado olhando para a menina, só me dei por conta quando a menina retornou a falar

- Você vai chamar um deles ou vai ficar parado igual um bobo da corte olhando para minha cara? Quando eu ia responder escutei a voz de minha avó de fundo.

- Amora! Que bom te ver minha filha.

- As duas começaram uma conversa boa e até esqueceram da minha presença. Então me afastei mas não conseguia parar de pensar naquela menina que tem um belo nome Amora, chega sinto o doce na boca quando falo. Eu tinha que descobrir mais sobre ela, e pode ter certeza que eu descobriria.


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