1 | Bora lá, eu te ajudo

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Capítulo 1

Bem-vindos ao primeiro capítulo de conexão incomum, leiam as notas finais e boa leitura. ♡

🌙

Mais uma manhã começa no complexo da lua.

Na real, o dia já tinha começado a muito tempo, na favela antes mesmo do sol dar as caras, já tem uma pá de gente trabalhando.

Mas às 10h era a hora do fervo, os pivete fazendo fila na barbearia do Cadu era de lei, já que de noite tinha bailão.

As tias - sim tias - porque aqui geral se conhece e considera família, tudo com suas sacolas indo pra feira, enquanto fofocavam da vida alheia.

E eu ?

Eu tava sentado em uma mesinha de plástico na frente da vendinha do seu Geraldo, conversando com o Hoseok, aproveitando meu domingo de folga

Acordei com esse zé ruela reclamando que por conta do meu trampo, a gente nem tinha se visto direito, ai agora to aqui, comendo um amendoim  vagabundo, enquanto escuto ele me atualizar das fofocas de geral aqui do complexo.

— Pega a visão porra, tô te falando, tu não tá entendendo, o loirinho é brabo demais. — Hobi repetia aquilo pela milésima vez.

— Carai, achei que teu tipo era homão de um e noventa, peitudo e desastrado. — Me escorei na cadeira abrindo um sorriso ao ouvir a gargalhada escandalosa do meu amigo. — Se bem que ultimamente tu tá se amarrando em um loirinho metido.

— Qual foi Jota, não tô de olho nele não, no meu coração só tem espaço pra um loiro mimado. — Vejo um sorriso de canto abrir no rosto dele e já sei que vem merda. — Quem vai gostar dele é tu, bem o tipinho que tu pega pra destruir o coração. — Ele ri da cara que faço ouvindo aquele papo torto.

— A visão errada que tu têm de mim. — Nego com a cabeça passando a lingua pelo meu piercing no lábio.

A fofoca do dia era o seguinte, começou um novo projeto social no complexo, fiquei felizão quando ouvi os papo, é raro o complexo ter voz, ser vista, então qualquer coisa que tem pra ajudar no futuro da menozada geral aqui bota fé.

Mas o que ninguém esperava é quem tava na frente dessas paradas, geral aqui achou que seria uma típica professora de colégio público.

Baixinha, cabelo curto, gordinha, usa blusa estampada e uns colarzão grande colorido, todo mundo já teve uma professora assim, consigo lembrar de umas cinco, fácil, fácil.

Mas o que fez o complexo da lua em peso comentar por dias, foi que não veio uma "prof Suzana", como geral aqui esperava, na realidade, chegou um loirinho baixinho, com cara de rico.

Muito rico.

E depois da chegada dele, passei a semana ouvindo comentário pra caralho, das crianças, dos crias, das tias.

"Ele parece um príncipe."

"Ele tem os zóio puxado igual o teu jotaka."

"O cabelo dele brilha."

Tentem adivinhar quem disse cada um.

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