- O que? - meu queixo cai - Josh e Karl são enteados do seu pai?
- Ow, ele não te contou? Pobrezinha - ele se aproxima ainda mais. Sua arma está a centímetros de minha cabeça - Bom, sabe... antes que sua cabeça exploda e seus miolos voam para tudo que é lado, te parabenizo por ter chegado até aqui. Porque isso é o máximo que vai conseguir. Amanhã, irei vazar daqui, com o dinheiro das drogas. E nunca, ninguém vai me achar.
- Por que você... por que você começou a vender drogas? - cerro os punhos, olhando de relance para Karina, ela está quase no limite. Só preciso de uma pouco mais, se o delegado já não estiver vindo... espero que esteje.
- Para ser uma decepção para o meu pai, eu tentei fazer de tudo para o agradar, porque, assim, ele talvez voltasse. E ele não voltou. Me recusei a ir à terapeuta e comecei a vender drogas. Ele não sabe o que faço, é claro. Ficaria fácil ele me pegar - seu dedo está posicionado no gatilho - Mas que se foda.
Por mais que seja muita coisa para processar, eu lembro. Lembro de quando chamei Henry de nariz de rola. Minha intenção não foi que o apelido se espalhasse... eu só queria que ele parasse de pegar no meu pé. Me recordo de que, quando ele parou de ir para a escola, senti um culpa enorme. Talvez minha cabeça criou uma ilusão sobre Henry, achei que ele era meu amigo esse tempo todo, mas não. Eu arruinei a vida dele. Foi por minha causa, que ele se tornou o que é.
- Anth... Henry, eu sinto muito. Eu não queria que seu apelido tivesse se espalhado...
- Tarde demais - a arma encosta em minha testa - Adeus Amelie Zimmer.
Antes que eu possa fazer qualquer movimento, Karina joga uma latinha na cabeça de Anthony.
- Sua desgraça... - antes que ele termine a frase, um taco de basebol surge por trás de sua cabeça, o atingindo. Anthony deixa a arma cair e a pego rapidamente.
Não posso acreditar em quem está ali.
Não posso acreditar em quem vejo.
Tom está com o taco de basebol em mãos. Tenho vontade de xingá-lo, mandar ele embora daqui. Não quero que ninguém mais ganhe um tiro.
- Cuida dela - ele aponta a cabeça para Karina, que já está de olhos fechados. O Kaulitz olha para Anthony, com um olhar mortal - Eu cuido desse.
Corro em direção a cacheada. A cor de sua pele se esvaiu. Procuro meu celular desesperadamente. Ligo para a ambulância.
- Karina, fica comigo - balanço sua cabeça - Karina! Olha para mim!
Ela não se move. Há sangue para tudo que é lado. Não, não pode ser. Não morra Karina. Por favor. Seus olhos se abrem lentamente. Lhe dou tapas no rosto, para a manter acordada.
- Amelie... - ela diz.
- Shhhhh - coloco um dedo em seus lábios - Não precisa dizer nada.
Escuto Tom acertando Anthony com o taco. O garoto de bigodes está indefeso. Ele tenta se defender, mas o Kaulitz parece uma ferra indomável.
- Tom! - grito - Tom, já chega!
O mesmo para, com Anthony no chão.
- O que? Ele quase te matou e você quer que eu pare? - vejo seu punho se apertar, ainda mais, sobre o taco - Você só pode estar brincando.
- Tom, você salvou minha vida e eu agradeço. Mas Anthony já sofreu mais do que deveria. Vamos esperar a polícia chegar - digo.
- Tudo bem - ouço Tom sussurrar para Anthony - Só vou parar porque minha mulher mandou, mas se fosse por mim, meu amigo, você já estaria no inferno.
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Kiss Me - Tom Kaulitz
RomanceEles eram vizinhos antes de Tom ficar famoso. Eram amigos. Melhores amigos. Amelie tinha uma paixão secreta por ele, mas o garoto nunca sequer se importou com os sentimentos dela. Ele era profundamente apaixonado pela irmã de Amelie, Astrid, que era...