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- C-casar com você? - gaguejo.

- Sim - os olhos de Tom brilham - Eu sei que a gente nem namora oficialmente e nem a tanto tempo, mas eu não posso pensar em uma vida sem você ao meu lado. Quando eu vi aquele merda do Anthony com uma arma apontada para sua cabeça, me imaginei em uma vida sem você e de como seria horrível e dolorosa. Quero que você me pertença e que eu te pertença para toda vida... que cara é essa?

Eu nunca pensei que alguém me pediria em casamento, muito menos o meu primeiro amor. Mas não sei se é uma boa hora, tenho apenas 20 anos e falta mais de um ano para minha faculdade de artes cênicas acabar...

- Se... se eu pedisse para você esperar, só até minha faculdade terminar, você esperaria? - pergunto, segurando suas mãos com força.

- Ah - o semblante de Tom murcha - Sim... É... Tudo bem.

- Tom, não precisa ficar assim - seguro seu rosto entre minhas mãos - É claro que eu quero me tornar sua esposa, mas peço que espere só um pouco, ok?

- Ok - ele responde, lhe dou um pequeno selinho - Mas você vai para Paris comigo, não vai?

- Minha professora vai me matar - respondo, vendo Tom fazer beicinho - mas eu vou.

- Aleluia - O Kaulitz reponde me pegando no colo.

- Sabe, se a gente tiver filhos e eles pedirem como e quando você me pediu em casamento, vai ser engraçado reponder que foi em um banheiro, onde nós dois estávamos nus - entrelaço meus braços, ao redor do pescoço do garoto de tranças pretas.

Ele ri, desligando o chuveiro e saindo do box, comigo agarrada em seu colo. Solto um gemido baixo ao sentir a pia gelada tocando minhas coxas. Nossos corpos estão colados mais do que nunca. Sinto o hálito quente de Tom e suas mãos abrindo minhas pernas lentamente. Vibro por desejo, querendo mais e mais. Somos interrompidos por um batuque na porta.

- Vocês ao menos, poderiam fazer isso no quarto? Eu quero mijar, filha - escuto mamãe do outro lado.

- Ah... D-desculpa j-já vamos sair - gaguejo de vergonha. Cutuco Tom que está rindo. Me visto o mais rápido que posso.

- Até que em fim - a mais velha diz, ao me ver abrindo a porta.

- Bom mijo, sogrinha - o Kaulitz provoca.

- Valeu genrinho - mamãe devolve, sorrindo - Aliás, belo hematoma no pescoço Amelie.

- Hematoma? - pergunto, mas mamãe fecha a porta na minha cara - Que hematoma Tom?

- Nenhum - ele se finge de sonso - Talvez eu tenha te chupado muito forte.

- Essa frase tem múltiplo sentido? - rio, o olhando maliciosamente.

- Essa sua versão com malícia é nova. Por acaso, está tentando roubar meu lugar? - o garoto me puxa pela cintura - Sinto muito, mas não será possível.

- Ah é? Vamos lá pra cima, para ver quem manda - mordisco, lentamente, seu piercing.

- Pro quarto! - ouço mamãe novamente.

- Desculpa - respondo, corando.

Por mais que eu queira aproveitar essa noite com Tom, ao me deitar e me aconchegar em seus braços, durmo.

Acordo com a cama vazia. Levanto o procurando. Nada na sala, no banheiro ou na cozinha. Onde ele foi parar? Escuto algumas risadas vindo da horta de mamãe. Vou até lá e vejo Tom todo sujo de terra, ajudando mamãe a colher verduras.

- Bom dia flor do dia - o Kaulitz diz, ao me ver - Eu até te daria um beijo, mas estou todo sujo de terra.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto, olhando de mamãe para ele.

- Acordei meio cedo e deixei você dormindo, já que estava cansada. Encontrei sua mãe que iria regar a horta, me ofereci para a ajudar e acabei todo sujo de terra - ele sorri, pegando um tomate - Aceita um legume?

- HaHaHa, que engraçadinho - reviro os olhos rindo, lembrando de nossa atinga briga sobre o que era um bendito tomate. Olho para mamãe que sorri ao olhar para mim, então lembro de algo - Mãe, preciso te dizer uma coisa...

- Eu já sei - ela dá de ombros - Tom me contou.

- O que? - olho para o mesmo que assobia, se fazendo de inocente.

- Aliás - mamãe começa - Que bom que você não me contou antes, não te deixaria ir nem se implorasse.

- Você não está brava ou algo assim? - semicerro os olhos.

- Não, você está viva e é isso que importa, mas espero que nunca mais faça isso.

- Não farei - respondo.

- Bom... Bill me ligou e nos espera, junto com Astrid e os meninos, em Paris - Tom diz, limpando a terra de sua roupa - O quanto antes pegarmos um avião, mais tempo teremos para aproveitar lá.

- Mamãe, você gostaria de ir também? - olho para a mulher, que desliga a mangueira.

- E ficar de vela? Nem pensar - ela brinca - Não, filha. Aproveite você e Astrid já que são novas.

- Você não vai ficar muito triste sozinha? - um medo se apossa de mim, medo de mamãe começar a beber novamente com a nossa ausência.

- Eu não vou beber, se é o que está pensando - ela ponta o dedo para mim - Aliás, passarei alguns dias com sua vó.

- Que bom - suspiro de alívio - Então... irei fazer as malas. Você vem, Tom? Ou vai ficar aí, bancando o jardineiro?

- Se minha chefe me permitir sair... - o garoto de tranças pretas, se dirige a minha mãe, que concorda com a cabeça - Valeu sogra preferida.

- Sogra preferida? - levanto as sobrancelhas.

- Brincadeira amor - Tom gargalha - não me bata com uma frigideira, por favor.

- O que deu em você de ficar relembrando o passado? - cruzo os braços, subindo as escadas.

- São apenas bons momentos que merecem ser relembrados - o Kaulitz diz, passando o braço pelo meus ombros.

As malas ficam prontas. Tom trouxe apenas uma e leva consigo até meu carro. Paro em frente à mamãe, que nos observa do jardim.

- Bom... até daqui alguns di... - sou interrompida por um abraço repentino. O senso de humor e as demonstrações de amor vindas de mamãe, ainda são novas para mim - Eu te amo mãe.

- Eu também, minha filha querida - ela beija meu rosto - Se cuida ok? Fale isso para Astrid também, não quero que ninguém volte grávida.

- Ninguém vai voltar grávida, mamãe - fico imaginando, caso acontecesse - eu espero.

Tom se despede e nós dois vamos, juntos, até o aeroporto.

- Que maravilha, 13 horas de voo ao lado do amor da minha vida - ele diz, ao entregarmos os passaportes - Pena que não posso fazer nada além de te tocar...

- Tom! - o cutuco, estamos em público e ele ainda diz isso.

- Qual é moreninha? - ele puxa minha mão - Aposto que você iria gostar...

Kiss Me - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora