Meu pai é gay, e agora ?
Acidentalmente acabei descobrindo algo sobre o meu pai que nunca imaginaria. Ele é gay! Mas calma, isso não é algo para se preocupar, porque não é nenhum problema, por mais que eu não possa negar que fiquei um pouquinho choc...
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Adriano havia prometido que iria me ensinar a jugar futebol, por isso depois das peladas de final de semana, quando meu pai e seus outros colegas iam até o bar beber cerveja para se refrescarem, ele ficava junto comigo, e vez ou outra pagava um picolé para que nós também pudéssemos fugir do calor. Eu gostava da companhia dele, do sorriso dele, do corpo e do cheiro dele, mas o que eu gostava ainda mais nele era que eu me sentia a vontade quando estava perto dele, não sentia medo, deferente do que eu sentia perto de outros homens, sendo da minha idade ou mais velhos assim como ele,
-Vai é só chutar! -Disse ele me incentivando a marcar um pênalti.
Da forma com qual ele dizia, realmente não parecia ser muita coisa. Era só chutar, mas logo percebi que não era só isso. Com o meu chute a bola foi em outra direção, bem longe do gol, fazendo com que ele na merma hora começasse a rir sem parar. Ele tinha uma risada grave e seus dentes perfeitos o deixava muito sexy.
-Ei. Não fica rindo. -Disse virando o rosto, um pouco emburrado.
-Tudo bem. Tudo bem. Eu prometo que não vou rir.
Ele buscou a bola e jogou para mim outra vez. Precisei de mais alguns chutes para pegar o jeito, mas ainda assim estava longe de fazer um gol, porque ele facilmente agarrava todos os meus chutes sem que precisasse sair do lugar. Mas estava sendo divertido, até estava chutando com mais força e Adriano me incentivava a fazer isso com seus sorrisos de lado e mexendo sua sombrancelha. Quando parei por um segundo para tomar fôlego, enquanto ele novamente precisou ir pegar a bola que eu havia chutado longe demais, percebi que estava rindo, o que me deixou um pouco sem graça.
-Você está ficando cada vez melhor. Logo vai poder jogar com a gente. -Ele jogou a bola contra mim com um pouco de força, mas ainda assim consegui pegar. Senti meu rosto esquentar naquele momento, e com certeza fiquei vermelho, algo que ele percebeu, porque logo em seguida piscou para mim.
Naquele momento ele realmente parecia um príncipe encantado de histórias de contos de fadas, das quais sempre idealizei para mim. Sabia que aquilo era algo impossível e até mesmo errado, por conta da nossa diferença de idades, ele já devia ter quase trinta anos, enquanto eu ainda tinha só quinze, ainda menor idade.
No entanto a minha mente não sabia disso, ou simplesmente não se importava, por naquele curto período de tempo já havia criado inúmeras situações nossas juntos, nem mesmo os meus olhos pareciam se importar com essa diferença, por que o mundo ao redor dele parecia mais colorido e brilhante, o sol que banhava sua pele suada e que refletiam nas gotículas que escorriam por seu rosto e pescoço, pareciam ter um filtro próprio, me fazendo enxergar-lo em câmera lenta, como em uma cena de filme de comédia romântica. Até meu coração batia mais forte, podia sentir-lo pulsando dentro do meu peito, correndo o risco de sair para fora a qualquer momento. Estava confuso mas não ligava para isso, queria aproveitar cada segundo que podia estar na presença dele, guardar cada momento em minha memória, pois inconscientemente sabia que aquilo não iria continuar.
