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Jeon JungKook; 15 de setembro de 2046.

O quarto já estava uma completa bagunça. A mochila consideravelmente grande estava extremamente pesada, algumas roupas caídas no chão, armário com as portas abertas e com alguns pertences meus espalhados pelo móvel, cama bagunçada, banheiro revirado e com alguns frascos de perfume e embalagens de creme caidos no chão.

Tudo estava um caos completo.

Eu estava tonto, morrendo de dor de cabeça por ter chorado por horas seguidas. Estava magoado ao extremo, meu peito doendo e meus olhos transbordando em lágrimas. Não conseguia parar de pensar nas palavras duras que foram ditas na minha cara e as coisas que descobri da pior forma possível.

"Você deveria ter morrido junto dos seus pais naquela noite quando te encontramos!"

"JungKook, você é um merda, um inútil, um infeliz mal amado!"

"Taehyung é um assassino, ele matou a sua família."

"Kim mentiu para você todos esses anos porque é um covarde, ele matou os seus pais por diversão!"

As palavras de Hoseok me atormentavam, faziam-me sentir uma dor de cabeça absurda. Adoraria que ela explodisse agora para que eu nunca mais encontrasse Taehyung na minha frente. Ele assassinou os meus pais, ele mentiu para mim. Ele se divertiu fazendo isso.

Talvez tivesse sido o destino que planejou essa tragédia, para abrir os meus olhos e perceber que essa tal família que eu considerei por anos, na verdade, era os responsáveis pelo assassinato dos meus pais. Como eu pude ser tão ingênuo ao ponto de acreditar em um grupo de vampiros que se alimentam de outros seres vivos e que vivem para matar? Como eu pude ser tão burro?

Como eu pude amar alguém assim? Considerar uma dessas pessoas como o amor da minha vida ou até mesmo uma pessoa que poderia ficar ao meu lado até o meu último suspiro? Loucura, não é? Também estou começando a me arrepender de tudo o que eu já disse para eles.

Ter Yoongi ao meu lado, me protegendo como se fosse meu irmão; ter Jisoo como a única e a melhor mãe da minha vida; Jimin como um irmão brincalhão que sempre acobertava minhas fugas para a cozinha de madrugada; SeokJin o tiozão que faz piadas de namoradinha ou piadas velhas e sem graça; Namjoon como um irmão que conversa comigo, lê livros e conta histórias antes de dormir; e principalmente, Taehyung como um pai que, particularmente, me despertava sensações estranhas que um pai certamente não desperta, um pai que cuidava de mim como se eu fosse um diamante precioso.

Hoseok, bom... Sempre foi um merda, não o considero porra nenhuma. Desisti de tentar ser legal com esse cara e receber ignorância de volta.

Toda essa família que me recebeu de braços abertos, que cuidou de mim, que aconcelhou, educou e ensinou, me traiu com uma adaga enfiada em minhas costas, essa família foi jogada de lado, e isso me deixa cheio de raiva, uma raiva descomunal que nunca senti em toda a minha vida.

A frustração era tão grande que acabava descontando aquilo tudo nas minhas coisas, rasgando algumas roupas e quase quebrando o fechecler da mochila que estava quase explodinod de tão cheia.

— Merda! — Quase gritei enquanto tentava fechar a mochila, mas acabei surtando mais ao ver Botas tentar puxar a mochila de mim, querendo a arrancar das minhas mãos e me impedir de fazer qualquer coisa. — Porra, Botas! Solta essa merda de mochila!

RED EYES | TAEKOOKWhere stories live. Discover now