Meu acaso - Thiago Silva [Disponível até 30/06]

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t h i a g o

semanas depois

— Olha esse aqui com ele de pinto pra fora. — minha mãe apontou para a foto no álbum e a Pietra gargalhou zoando com a minha cara.

Já fazia algumas horas que havíamos chego no Brasil, não era nem pra Pietra estar aqui e sim em Nova Iorque estudando mas o curso estendeu um pouco a data do início e ela vai pra lá depois de amanhã.

— Ah mãe, sério isso? — esbravejo passando a mão no rosto envergonhado.

Minha mãe amou a Pietra desde o momento que pisamos aqui em casa, nunca vi dona Angela tão amorosa com alguém igual está sendo com a Pietra.

— Meu Deus o Thiago a cara do Isago. — Pietra apontou para a foto em que eu estava sentado no sofá com a minha mãe, de fato naquela foto eu estava igual ao meu filho. — Dona Angela com um corte maneiro. — gastou com minha mão que sorriu se gabando.

— Eu estava sempre na moda, querida. — disse. — Esse dia aqui... — apontou para a foto do dia em que fui dispensado da peneira do Flamengo. Não sei nem o porque ela guarda essa foto. — Ele foi dispensado da peneira do Flamengo e queria desistir de vez do futebol, eu bem falei pra ele que se não fosse jogador ia ser cobrador de kombi ao lado do irmão. — Pietra me olhou. — O resto é história. — dei risada negando com a cabeça.

Essa véia tá demais

— Quando eu conheci seu filho e vi os milhares de quadros na casa dele dos times pelo qual ele passou, também deduzi isso. — as duas riam, ela nunca me disse isso, pilantra. — Demorou pra cair a ficha e entender pra quem eu estava trabalhando, última vez que vi o Thiago nas telas foi em 2014, depois disso parei se acompanhar a seleção brasileira.

— É o Thiago vem tendo uma sequência de copas de mundo não muito boas. — minha mãe fala e me olha mexendo na minha orelha.— Mas serviu muito pro amadurecimento dele. — passou a mão em meu rosto e eu sorri fraco.

— Eu lembro que a mídia caiu em cima dele na época. — Pietra fala.

— O chamavam de chorão. — mamãe fala, reviro meus olhos enquanto Pietra cai na risada.

Ela ri mas eu precisei de terapia porra.

— E ele sempre foi, desde pequeno. — mamãe complementa e eu a fuzilo com o olhar. — Oque é? Só estou falando a verdade.

— Engraçado que comigo ele sempre foi frio, ignorante e bem chato. — Pietra fala, levanto a sobrancelha e cruzo meus braços para ele. — Vai falar que é mentira?

— Parte disso é. — falo indignado. — Eu só não dava muita confiança pra ela mãe, uma estranha na minha casa pô, não aí sair sorrindo não.

— Estranha que você resolveu embuchar. — Dona Angela fala e Pietra ri mais ainda.

— Isso foi um detalhe. — gesticulo fazendo o número 1 com o indicador. — Tu ri né. — aponto para a Pietra, estava caindo uma lágrima do olho dela de tanto que a mina ria.

Elas voltam a atenção no álbum de fotos e eu fico vendo também, algumas fotos minhas Pietra fotografava no celular e outras gastava com minha cara. Minha mãe timbrava foto de absolutamente tudo, tem até foto minha fazendo xixi sozinho pela primeira vez, é uma vergonha.