SEV7N ● JIKOOK

Capítulo 2:Puto e com fome!

Acordei às 6h, divido o quarto com mais dois caras, Namjoon e Yoongi, somos todos de cursos diferentes e eu não sei como isso vai ser em períodos de provas.

Ontem tivemos uma festa de início de semestre, e foi bem legal, eu bebi um pouco além da conta, e hoje preciso estar impecável, mas será à base de remédio pra ressaca.

Eu não sou um cara irresponsável, é só que eu precisava comemorar a maior conquista da minha vida, daqui pra frente serão 5 anos de estudos e muita dor de cabeça.

O período hoje foi bem tranquilo, basicamente andamos pelo campus para conhecer as instalações, tive algumas matérias teóricas, algumas listas enormes de matérias que terei que providenciar, entre eles meu jaleco, com o meu nome, eu fico bobinho em me imaginar com ele, por isso antes de ir para a Aircoffe vou correndo encomendá-lo.

São 19h, eu estava indo comer no meu intervalo, mas Alicia a minha chefe, como ela se referiu, só porque está me treinando, me pediu para buscar guardanapos no estoque, e eu como todo bom funcionário no primeiro dia, obedeci sorrindo, mas com a barriga roncando.

No caminho de volta, eu fico um pouco desorientado com o fluxo de pessoas e ainda tentando me localizar, acabo esbarrando em um homem que parecia apressado.

– Oh, me desculpe senhor – Peço fazendo uma reverência ao mesmo tempo que ele me olha de cima a baixo e solta um simples:

– Na próxima olhe por onde anda – e sai olhando o celular.

Ora se ele não estivesse com a cara no celular não teria esbarrado em mim também, e ele ainda teve a audácia de me olhar com aquele olhar de desprezo. Que culpa eu tenho, se estou enfiado em um uniforme marrom, com boné da mesma cor? Só porque ele está vestindo Dior ( eu acho), cabelo loiro penteado pra trás e sapatos que parecem ter acabado de sair da loja, ele tem o direito de ser mal educado? O direito de ser lindo, esse ele com certeza tem, o cara era realmente lindo, mas mal educado, ah isso não.

Agora estou puto e com fome!

Volto para a cafeteria e entrego os guardanapos para Alicia, sorrindo é claro.

Finalmente vou comer, e aproveito para ligar para meus pais e conferir as matérias de amanhã.

Quando eu retorno, Alicia me pede ajuda para atender as mesas, mamãe me passou algumas dicas quando contei pra ela do emprego, mas a prática é outra coisa.

A cafeteria não é grande, ela é bem simples na verdade, o diferencial dela é que estamos na área vip do aeroporto. As mesinhas ficam de frente para pista de pouso, então as pessoas matam o tempo ali, tomando um café e vendo os aviões indo e vindo, é gostoso de ver e imaginar para quantos lugares aquelas pessoas já foram.

Saio do balcão e vou atender uma mesa mais ao canto, percebo um homem sentado de costas para a pista, quem vai naquela cafeteria e senta de costas para a pista de pouso? Balanço a cabeça mandando o pensamento embora e me preparo para atender o meu primeiro cliente.

– Boa noite senhor, deseja pedir alguma coisa?

– Estou aqui não estou? – Ele me responde seco, sem olhar na minha cara. Observo o terno e aquele penteado e só consigo pensar que é o mal educado de antes.

– Se eu puder sugerir, o americano daqui é muito bom, mas se preferir uma bebida quente, temos um capuccino sensacional, e se quiser degustar nosso bolo de chocolate e nozes é uma boa pedida. – Solto tudo isso de uma vez, a fim de atender e sair dali.

– Se terminou de passar o cardápio decorado, pode me trazer um americano.

– Selvagem –Murmuro e ele arqueia as sobrancelhas, com receio dele ter escutado o apelido que eu acabei de dar a ele, eu sorrio e respondo - Sim, senhor.

Peço para prepararem o café do loiro selvagem, enquanto atendo outra mesa. Ao ficar pronto, coloco o café na bandeja e vou até o cliente paz e amor que aguarda falando no celular.

Quando estou próximo a mesa dele, uma criança passa correndo e para desviar da pobre coitada, eu acabo tropeçando e derrubando o café... no loiro!

Meu coração dispara, eu tento limpar a sujeira com meu avental, enquanto o loiro esbraveja inúmeros insultos.

Eu só consigo ouvir " desastrado, inconveniente, incompetente, pela segunda vez no dia!"

E por uma fração de segundos eu penso: ele se lembrou de mim?

Mas isso passa quando ouço a criança chorando, ele berrando e a mãe da criança tentando acalmá-la.

A cena é o mais perfeito caos para um primeiro dia de trabalho, sério eu já imaginei a minha demissão. Por sorte Alicia viu tudo e correu para me ajudar, ela ofereceu um novo café, que não seria entregue por mim, e pediu desculpas pelo ocorrido. A criança que aparentemente se assustou com o estressadinho foi embora e eu? Eu só consigo pensar que o peitoral dele é insano de lindo, o café caiu na camisa branca e agora nem o paraíso é tão perfeito.

Eu saio do transe e me lembro que de bom mesmo ele só tem a beleza, peço desculpas mais uma vez e saio de cena.

Depois desse incidente Alicia passou para o gerente que seria melhor eu trabalhar na cafeteria do lado exterior, o que soou como se eu não fosse competente o suficiente para a área vip, que seja eu só preciso do salário e em 5 anos sumo daqui.

Notas da autora:

Ah, o primeiro encontro...

Por favor, não deixem de comentar e votar, seu voto é muito importante.

Beijos, e até próximo capítulo.

#BoloDeNozes