💋Uma dose de Tequila💋

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A noite tinha tudo para melhorar as coisas, eu tinha esperança de que conseguiria me sentir um pouco melhor, afinal, ele acabou comigo.

Estava vestindo uma blusa vermelha transparente, uma calça branca com detalhes vermelhos e uma jaqueta de conjunto, eu me sentia bem bonito, me sentia sensual e o batom vermelho que eu me propus a usar melhorava muito mais a minha autoestima. Sara estava com um vestido azul cheio de glitter, seu cabelo estava preso em Maria Chiquinha e a jaqueta rosa dava um ar bem alternativo para ela.

- O lugar que a gente vai se chama The Red Rock, parece que os esportistas das faculdades adoram ir para lá. - Sara dava as instruções enquanto estávamos dentro do carro. - Ela não é nova, mas vai ser um ótimo lugar, sem Oliver, Jungkook e Tom. - Completou enquanto retocava o seu batom.

- Eu espero muito que consiga me divertir. - Profiro assim que chegamos na boate, ela tinha muito vermelho, então eu estava bem dentro do tema, era grande e tocava músicas boas, na realidade eu não queria músicas agora, queria bebidas. - Tequila, três shots. - Pedi assim que consegui chegar no bar e encontrar o atendente.

- Alguém está querendo se divertir hoje. - brincou e eu sorri. - é novo por aqui? - indagou e eu concordei.

- Procurando novos ares. - Respondi enquanto dava um shot para Sara e ficando com os outros dois. - Talvez eu queira mais me embriagar do que me divertir. - Completei e então virei os dois juntos, sem me importar de algumas gotas escorrem pelo canto de minha boca.

- Está bom, com essa vibe não dá! - Sara reclamou e segurou meus ombros. - Você o ama, isso é legal, até romântico, já fez de tudo e não deu em nada, então vamos tentar superar. Na sua cabeça você acha que vai morrer sem ele, que as coisas não têm sentido, mas você já era Park Jimin antes de ter Jeon Jungkook, você não vai ficar sozinho para sempre, na verdade se você quiser alguém hoje, você consegue, sempre conseguiu. - Ele fala a enquanto me chacoalhava - nós vamos dançar, declare sua independência, se liberte desse marasmo, pelo menos hoje você tem que esquecê-lo. - ela me puxou para a pista de dança e segurou minhas mãos dançando junto comigo.

No começo eu fiquei meio receoso, me sentia culpado por estar tentando me divertir e esquecer, quando ele provavelmente estava se afundando no trabalho para não lembrar da gente, era impossível não pensar nisso e não me sentir mal.

- Sem choro, sem essa cara. - Me puxou mais para perto e começou a se esfregar em mim, isso foi um gatilho para que eu caísse na gargalhada.

- Pelo amor de Deus, Sara, apague esse fogo no cu. - Ela sabia as formas de me deixarem mais leve, e então eu entendi o que tanto ela queria me dizer. Quando sai de casa eu busquei me livrar de todas as amarras impostas pela minha família, fiz tatuagens, transei com quem eu quis, até usei drogas, mas não curti, eu decretei minha independência e mesmo que eu estivesse derrotado por tudo estar dando errado na minha vida, eu procurava esquecer quando estava dançando e bebendo, eu fingia que minha vida era perfeita e celebrava a minha liberdade.

Eu comecei a entrar da música, comecei a senti-la, e então os pensamentos que me atormentavam deram um tempo, eu me sentia livre outra vez. Estava em uma vida que não era minha, em um conto de fadas que não era o meu, só tive um choque de realidade e agora eu precisava construir do zero, precisava olhar para a minha vida e ver que ainda tenho coisas para celebrar.

Eu misturei diversas bebidas, tomei vodka pura, tequila e eu já conseguia me sentir mais alegre, estava entorpecido, tudo parecia mais lento e divertido e cada má ideia se tornava boa. Em algum momento o palco tomou uma cor vermelha, havia homens e mulheres para todo o lado, eles estavam praticamente semi nus e dançavam com tanta sensualidade que eu não consegui resistir. Fui para frente do palco onde tinha mais visão, e não era como se eu estivesse ali só para vê-los dançar, não, eu estava dançando de forma tão sensual quanto eles.

A noite estava divertida e eu havia gostado muito da boate, amei ainda mais quando vi dois pares de mãos estendidas para mim, haviam dois caras muito gostosos me chamando para dançar em cima do palco, e eu aceitei.

Não tinha uma coreografia, eu só tinha muitas doses de álcool, uma necessidade tremenda de dançar e um a bela bunda. Crying The Club, era a música que estava tocando, a música que eu estava dançando e que parecia ter sido colocada especialmente para mim.

"Sem chorar na balada"

Foi a última frase que soou antes da música terminar e então eu ouvi aplausos, celulares e gravando. Os dançarinos seguraram minha mão e fizeram a corrente de agradecimento. Eu os agradeci e então olhei ao redor para ver se encontrava Sara.

Ao invés disso, eu encontrei um pouco mais no meio da balada, Oliver, ele estava com um sorriso no rosto e batendo palma como se estivesse orgulhoso, mas eu não me deixaria levar pelas provocações deles, então continuei procurando minha amiga, mas acabei esquecendo o que eu estava fazendo quando vi sentado, na área VIP, com Sean e uma mulher, Jeon Jungkook e isso foi o suficiente para acabar comigo.

Ele estava olhando para o palco, a mandíbula estava trincada, ele estava de terno, o mesmo terno que vi quando fui tentar explicar as coisas para ele. Naquele momento a boate já havia deixado de ser uma boa ideia, e eu já não via mais graça em nada, a bebida pareceu ter evaporado com o meu humor, e então eu desci do palco disposto a achar Sara e ir embora, não era mais bem-vindo naquele lugar, não era mais um ambiente livre e confortável.

Estar em uma balada com Oliver e Jungkook não me parece uma boa ideia.

Contrato Visceral - JIKOOK - mpregWhere stories live. Discover now