I Hope You Fuck Yourself

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Agatha Samirez

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Agatha Samirez

Não parecia tão nervosa até chegar na rua da mansão. O carro dos meus pais estava estacionado do outro lado da rua, Joseph se aproximava, pronto pra estacionar o carro na garagem.

Claro que eu sabia as consequências da minha ação, mas eu achava com toda certeza que aquele plano ridículo de fugir de casa ia dar certo.

Passei a mão no rosto, ouvi a porta do motorista abrir e fechar, logo um silêncio dentro do carro me fez sair do mesmo.

Entramos na casa pela porta reserva da garagem que dava pra cozinha, Joseph jogou a chave do carro na ilha, observei ela deslizar até ficar parada.

Continuei seguindo o Don, percebi que ia pra sala, cocei a nuca tentando deixar avisado pro meu corpo que não é para arrepiar nem se quer um fio dali.

Passamos pela porta que dava para a sala de estar, acho que coçar não foi o suficiente pra evitar que os arrepios brotassem ao ver o casal que eu conheço muito bem.

Meu pai estava batendo a ponta do sapato caro no chão, uma mão na boca, parecendo conter seus gritos raivosos, já podia sentir o meu coro ardendo quando encarei sua cinta bem amarrada no quadril. Minha mãe, estava roendo as unhas, balançava lentamente a perna que estava por cima da outra. Parecia angustiada.

— Marccus, Isabella. — o homem do meu lado chamou a atenção deles. Olharam no mesmo segundo, pude ver o olhar de raiva do meu pai sobre mim — Agatha a uns dias atrás tentou fugir do casamento, mas depois de uma semana conseguimos ficar em acordo, eu acho. Só digo a vocês que fiquem de olho nela, seria drástico ela fugir mais uma vez e eu ter que tomar decisões mais rígidas. —  seu tom comparado ao tom da hora que estavamos na cachoeira me fazia querer rir, mas era só encarar sua face séria que o pingo de humor que estava no meu corpo sumia.

— Claro, Rouge, eu me desculpo com você, minha filha, como já te expliquei, é teimosa e afrontosa, às vezes até demais. — disse, se levantando.

— Cuide do que é seu enquanto ainda é seu, Marccus. É oque eu te digo. — meu pai se aproximou de nós, minha mãe não demorou pra aparecer do seu lado.

Olhei pra ela pedindo socorro. A única coisa que ela fez foi me olhar, com um peso de arrependimento nos olhos.

— Eu vou cuidar. — Meu pai agarrou meu braço, apertou a carne do lugar até a ponta dos seus dedos ficarem brancas.

A dor foi instantânea, seus dedos esmagavam minha pele e fazia parecer machucar meus músculos.

— Bom, creio que estejam bem apressados para ter a sua filha de volta na casa. — falou Joseph, parecia não perceber oque estava acontecendo.

— Sim. Muito. Acho que devemos ir agora, antes que fique tarde e eu atrapalhe o seu dia. — meu pai disse, rígido, Bonenno murmurou um "Claro" e levou nós até a porta.

O Mafioso de Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora