5. perigo

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Rio de Janeiro, Brasil

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Rio de Janeiro, Brasil

20 de maio de 2023, 9:00pm

Os amigos e familiares de Gerson e Maju estavam espalhados pela casa do casal para comemorar o aniversário do jogador. Maju fazia o máximo para ser simpática com todos, mas, de fato, a dor que ela estava sentindo não era normal. Sua médica era uma das convidadas da festa e, mesmo sem querer incomodar a ginecologista, a estilista comunicou que estava com umas dores estranhas. Fabi logo tratou de avaliar, mas deu certeza de que logo passaria, afinal, ela tinha visto que Maria estava bem.

Maju tentou ignorar o máximo que podia e também não havia comunicado a ninguém além de Fabiana. Ela já estava evitando algumas coisas, como pegar Gael no colo com frequência, e também havia trocado a academia pelo pilates. Estava tudo indo bem.

Perto das duas horas da manhã, todos já haviam ido embora e Maria Joana não iria juntar toda a bagunça como era acostumada a fazer. Estava cansada e precisava ir para a cama o mais rápido possível. Gerson arrumou o máximo que pôde enquanto tomava banho e, em seguida, foi para o quarto.

— Maju, tá demorando muito, minha linda. — o jogador bateu na porta do banheiro. — E tu ainda trancou, tu não faz isso... Maju...

— Já estou saindo, amor. — ela abriu a porta enrolada na toalha. — Enxuga minhas pernas?

— Lógico.

Gerson se sentou no vaso sanitário e pegou a toalha branca, passou na perna de Maju, mas quando viu a cor, se assustou. Tinha sangue.

— Amor, tu tá sangrando. — ele mostrou para ela. — Você está sentindo alguma coisa...

— Não... Não. — ela gaguejou. — Eu senti um incômodo, a Fabi me avaliou e disse que isso passaria, mas agora estou sentindo de novo...

Maju resmungou.

— Eu não queria te preocupar no seu aniversário...

— Maria, tu sabe que vocês duas são mais importantes do que qualquer festa. — o jogador levantou rápido. — Vamos para o hospital agora...

— Amor, você bebeu...

— Que porra. — ele falou irritado. — Tu não pode dirigir, vou ligar para os seus pais, não sei, meu Deus, o que eu faço...

— Fica calmo, eu não posso ficar nervosa agora também. — Maju falou entre lágrimas. — A Juliana está aqui, não precisamos ligar para meus pais. Só chamar a Ju, a tia Cida fica com as crianças e a Ju dirige. — ela tentava respirar com calma. — Nós vamos ficar bem, a Fabi me prometeu que não era nada... E eu nem posso ligar para minha médica porque ela também bebeu...

— Eu vou te colocar na cama e te vestir. — Gerson pegou a esposa no colo e beijou sua testa. — Vai ficar tudo bem, não vai ser nada...

Maju continuava com um sangramento, pequeno, quase imperceptível se não fosse a atenção do marido. As dores continuavam, porém, nada comparado ao que ela estava sentindo antes. Eram mais tranquilas.

MEU ABRIGO II | GERSON SANTOSWhere stories live. Discover now