Capítulo2

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cap2

GALVÃO AVILAR

Entro nas terras Avilar, terras que quer queira que não são minhas também, as terras que abandonei e agora retorno, sair daqui um menino assustado com 17 anos e hoje volto um homem com 34 anos e nada mais tenho do garoto que deixei aqui quando me fui, desapego dos meus pensamentos e sigo pela estrada.

Com dez minutos que começamos a andar pela estrada de barro o carro atola.

__ Vamos ter que ir andando!

Falo após tentar por minutos consecutivos desatolar o carro pisando com toda força no acelerador.

__ Você só pode está brincando Galvão.

Camily fala espiando o chão pela janela do carro e tem lama para todos os lados.

__ Não estou brincando e é melhor começarmos logo pois pelos meus cálculos temos meia hora de chão pela frente até chegarmos no casarão.

Antes de abrir a porta do carro e descer, já subo minha calça a dobrando até o joelho afinal sei que se não fizer isso ficarei com a calça toda melada de lama, tiro os sapatos e as meias e as trago comigo e saio do carro.

__ Vem Camily, desce!

Ela abri a porta e assim que ela pisa no chão com seu salto altíssimo ele vai afundando lentamente na lama até ser engolindo por total.

__ai, ai Galvão, socorro!

Camily fica presa na lama e não consegue erguer o pé do lugar.

__ Galvão me ajuda, meu sapato, meu sapato!

Sem paciência e querendo ir ao velório, me aproximo da Camily e a coloco no meu colo a arrancando da lama.

__ Vem, eu te levo!

Saio caminhando levando a Camily no colo, ela é magrinha e não pesa muito, pratico CrossFit e tenho muita resistência e preparo físico e então consigo carrega-la de boa, quando chegamos nunca parte onde não tem mais lama e o chão é de terra batida a coloco o chão.

__ Agora dá muito bem para você ir andando.

Falo e seguimos o caminho, parece que foi ontem que estava aqui, me lembro perfeitamente e tenho todo o trajeto na minha memoria como se tivesse um mapa vivo em minha mente, quando estou perto da casa principal somos abordado por um peão e ele está montado num cavalo.

__ Bom dia, desejam algo por essas bandas? essas terras são privadas e pertencem a familiar Avilar, vocês estão perdidos?

Ele fala descendo do cavalo e olha para Camily e para mim com a cara cismada, ele tem uma escopeta pendurada na cintura e isso parece assustar a minha advogada que vai para trás do meu corpo e parece o usar com escudo, até parece que sou o capitão américa.

__ não, não estamos perdidos, Galvão Avilar seu patrão.

Falo firme e estendo a mão, o homem aperta minha mão e me olha confuso.

__ Galvão? o filho perdido do finado patrão.

__ como você pode ver não estou mais perdido.

Falo prepotente e já vou falando o que aconteceu.

__ Meu carro atolou a uns quinze minutos daqui, mande alguém ir lá resolver isso, minhas coisas estão no porta mala, vou precisar do seu cavalo.

O Homem só escuta tudo e não contesta nada, em cinco minutos já estou cavalgando em direção ao casarão, sempre gostei de cavalgar é como andar de bicicleta, se aprende uma vez e nunca mais de esquece, sem falar que também pratico hipismo.

Galvão: O CEO e a ROCEIRA Where stories live. Discover now