capítulo 4

841 218 19
                                    

ANGÉLICA MARIA


O dia sempre começa cedo para mim, desço para ir ao banheiro e faço minha higiene pessoal, já de cara lavada vou para cozinha fazer o café do meu pai que logo vai acordar querendo comida.

Faço um café forte e coloco o líquido fervente e coado dentro da garrafa de café, coloco batata doce para cozinhar e também cozinho uns ovos.

Moro sozinha com meu pai Antônio e minha mãe morreu após pegar uma forte gripe que virou pneumonia, eu tinha 6 anos e tenho poucas lembranças dela, mas sei que se parece comigo, desde então moramos sozinhos aqui.

Meu pai tem um pequeno pedaço de terra e mesmo a vida aqui não sendo fácil eu não tenho do que reclamar tenho comida fresca todos os dias na mesa, meu pai planta tudo o que precisamos para comer e o que sobra vendemos no centro e assim ganhamos um dinheiro, enquanto meu pai cuida da terra com a ajuda do Tomás que é um empregado e um tipo de faz tudo, eu cuido das coisas da casa, lavo limpo e cozinho.

Tomás é um moço bonito e solteiro, as vezes fico fantasiando meu primeiro beijo com ele, mas eu não me aproximo nunca, meu pai fala toda hora que mulher descente tem que se dar o valor ou depois fica mal falada e ninguém mais quer assumir compromisso serio com ela, e aqui é cidade pequena e todo mundo sabe da vida de todo mundo.

Minha vida era bem calma e sem nenhuma novidade, até que um dia meu cachorro conheceu uma cachorrinha diferente, o nome dela é lily e ela até roupas usa, foi aí que conheci a família Avilar, eu só os conhecia de vista, as vezes os via na missa e sabia que eram meus vizinhos, eles são ricos e tem terras e animais muito bonitos, me tornei amigas de todos e a verdade é que a Violeta e a Eduarda são minhas melhores amigas e eu gosto de ir na casa delas, meu pai me deixa ir contanto que tudo em casa já tenha sido feito, como ele trabalha no pesado não posso ficar sem deixar sua comida toda prontinha prontinho também a casa limpinha, tenho que voltar antes que escureça, afinal é perigoso andar sozinha a noite, nunca se sabe quem se pode encontrar, se bem que eu sei me defender muito bem sozinha.

Meu pai me deixa ir porque eu ganho dinheiro para cuidar da Kelly, sempre que Eduarda precisa deixar a Kelly com alguém ela deixa comigo, quando ela está na loja eu tomo conta da menina, a Kelly tem cinco anos é uma menina muito espertinha e nos damos muito bem juntos, eu adoro brincar com ela.

O café fica pronto e ainda tenho tempo de passar uma vassourinha na casa antes de papai acordar, limpo a casa e sarnento apareceu.

__ Bom dia pra você também, aposto que está com fome.

Dou a ele uma mistura que sempre deixo pronta de ontem e é só esquentar um pouco, são sobras do jantar de ontem, tem arroz, fuba e uns pedaço pequenos de carnes e ossos, tudo misturado com um molho da carne, pego uma sacola plástica e a abro no meio a rasgando e uso para colocar a comida em cima e não melar o chão.

__ vem sarnento, vem!

Meu cachorrinho vem e começa a devorar sua comida.

__ Bom dia filha!

Papai entra na cozinha e já vai se sentando esperando que eu sirva seu café da manhã.

__ Bom dia pai, fiz batata doce com ovos.

Monto um bom prato para ele e um médio para mim, coloco café em duas xícaras e me sento para comer com ele.

Galvão: O CEO e a ROCEIRA Where stories live. Discover now