penúltimo capitulo

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ANGÉLICA MARIA

Vim em minha casa e ainda é muito cedo, o sol acabou de nascer, estou cuidando do roçado, limpando, vou colher algumas hortaliças que já estão prontas para serem colhidas e vou preparar a terra para plantar mais algumas sementes.

Penso na noite de ontem e não uso mais o anel de noivado, não tenho mais nada com o Leandro e terminamos tudo de forma definitiva, pois depois do jantar de ontem fomos conversar na varanda e ele me abraçou e estávamos nos despedimos, quando ele falou uma coisa: eu valorizo muito você Angélica, uma jovenzinha tão linda e ainda ser recatada e virgem, por isso quero casar com você!

Saio do seu abraço e penso que nunca conversamos sobre isso, ele sabe que tive um amor antes dele, mas com o que ele falou vejo que ele pensa que sou virgem e eu não sou, não gosto de mentiras, mas não vi a necessidade de sair falando isso minhas intimidades, afinal ele é viúvo e não é virgem. 

__ Eu não sou mais virgem!

Falo direta e sem arrodeio e vejo o rosto de Leandro mudar, primeiro ele pergunta se estou brincando e depois fala que está decepcionado, mas muda rapidinho de atitude e pergunta se eu quero ir dormir com ele no hotel essa noite, ele acha que só porque não sou mais virgem tenho que transar com ele? 

Me bate uma raiva e tirei o anel e mandei ele engolir goela abaixo e que nunca mais me procurasse! Nunca mais quero sentir essas coisas com um homem, me sentir desvalorizada e obrigada a agrada-lo!

E lembrado da noite de ontem eu não posse deixar de lembrar como Galvão me ajudou mesmo sem falar nada, primeiro na hora do jantar, eu estava nervosa e morrendo de medo de envergonhar todos, não sou acostumada a corta carne com garfo e faca e até poderia derrubar a carne fora do prato, foi então que ele começou a comer com mão e eu também comi, e a segunda coisa foi quando ele tirou seu sapato ficando descalço e eu sei que ele fez isso por causa de mim, para me deixar a vontade.

De verdade eu não estou entendo o que ele quer com tudo isso, só pode ser me enganar novamente, ele quer que eu caia nas suas lábias mas eu não quero o Galvão sem pintado de ouro.

Só de pensar em Galvão sinto meu corpo inteiro acender e meu coração palpita como um louco, sinto o cheiro dele por todos os cantos da casa e agora ele está diferente, continua com seu ar refinado porém mais bruto como se sempre fosse um homem da terra, não quero lembrar dos seus beijos, mas muitas vezes me pego em desvaneios lembrando do seu gosto, das suas mãos em mim e principalmente do seu pênis, sei que isso é errado mas quando eu penso nele e em cada ferrinho que ele possui sinto minha boceta alaga na mesma hora.

Averdade é que pensava no Galvão todas as noites e depois que ele voltou eu penso nele a cada segundo do dia, mas eu não vou servir de palhaça para ele, por isso o ignoro, finjo que ele não existe, embora tudo dentro de mim lateja só em ouvir sua voz.

__ Anjinho!

Estou colhendo repolho quando quando ouço sua voz e acabo dando um pequeno pulo me assustando.

__ Desculpe, eu não queria assusta-la! 

Não responde Angélica, não responde, não tem ninguém aqui e logo ele vai embora, fico repetindo isso para mim mesma e meu corpo inteiro consciente de sua presença.

__ Sei que você está me ouvindo, eu vi me despedir!

Despedir! Acabo me virando para olha-lo e ele está lindo como sempre e ele só pode está querendo me provocar, pois só usa uma calça e um sinto de fivela grossa, seu peitoral está todo a mostra brilhando no sol.

__ Estou indo embora por sua causa, não por sua culpa, mas por sua causa!

Ele fala e eu não entendo o que ele quer dizer, como se ele lese meus pensamentos Galvão começa a falar:

__ vou embora porque não aguento te ver e não te tocar, não suporto passar por você e sentir seu cheiro e não poder te abraçar, não suporto está tão perto e ao mesmo tempo tão longe, isso está me matando.

Ele diz como se estivesse sofrendo.

__ Angélica eu não sou forte o suficiente para te ver com outro e desejar que seja feliz com ele se tudo que quero é te fazer feliz, você não acredita em mim e tudo isso eu estou colhendo, é culpa minha, mas mesmo que não acredite eu te amo!

Sinto meus olhos arderem, porque ele tinha que falar desse jeito tão intenso? Porque ele tinha que mentir tão bem? Eu o odeio e me odeio muito mais por sentir coisas que eu não quero sentir, então ele vem para cima de mim e segura nos meus ombros, seus olhos azuis umedecidos, seus lábios vermelhinhos me hipnotizando e ele fala como se tivesse desesperado!

__ Angélica, me pede para ficar, me pede e eu fico, larga aquele barbudo e fica comigo, fica minha vida...

__ Me larga, me solta Galvão...

Ele está me deixando tonta.

__ Você me ama eu sei, você me ama como eu te amo!

Galvão com suas mãos fortes segura meu rosto me imobilizando, quando seus lábios tocam os meus me faz aquecer inteira, tento lutar, tento virar o rosto mas perco a batalha quando sua língua toca a minha, seus braços me envolve me trazendo para ele e seu beijo se torna intenso demais, fechos os olhos e parece que nada mudou, que o tempo não passou e que eu ainda sou dele, começo a querer mais, mordo seus lábios e o puxo ainda mais para mim, o ouço gemer e gemo junto, todo meu corpo acesso e entregue a ele.

__ Me larga, não...

Busco a ultima linha de raciocínio que tenho e saio dos seus braços, coloco a mão direita ao peito com medo, achando que ele vai sair do peito a qualquer momento, a pele quente e a respiração alterada, olho para ele com os olhos brilhando de raiva, ele está com uma cara de tonto e um sorriso idiota na cara.

__Nunca mais toque em mim, tenho nojo de você!

Minto limpando a boca.

__Angélica anjinho, não fale assim, nos amamos!

__ você é um mentiroso e eu te odeio, quero que vá embora daqui! 

Então tudo acontece rápido demais...

__ Angélica, nãoooooo!

Galvão grita e eu sou empurrada com força caindo longe a uma certa distância, quando consigo me sentar, estou um pouco dolorida por conta da queda e vejo Galvão no chão, escuto o barulho do chocalho e olho rápido para o lado a tempo de ver a cascavel se esgueira e sair sorrateira e veloz por entre a grande horta sumindo de vista, me desespero e me levanto esquecendo qualquer dor que esteja sentindo e corro até ele:

__ Galvãoooo!

Sinto um medo assustador, um medo que me aterroriza, ele não pode ter sido picado, mas constato que sim ao ver ele erguer sua calça e eu vejo a marquinha das suas presas em sua pele e as gotas de sangue a pingar!

Continua...

Galvão: O CEO e a ROCEIRA Where stories live. Discover now