Primeiro de Abril podem ser piores que dias dos namorados. O que Naara Longbottom pode dizer quando seu coração grita mais alto do que sua mente? Ela tem um único objetivo: reparar as injustiças que a vida teve para com seus pais. E é isso que ela v...
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Assustada. Era assim que Naara estava, o que seus olhos gritavam e sua postura ereta insistia em esconder. O chapéu seletor acabara de gritar: “Sonserina!” e ela se decepcionou. Tudo que queria eram as vestes vermelhas, que um dia, Alice Longbottom usou.
Ela andou em pequenos passos à casa das cobras, sentindo arrepios por todo seu corpo. Algo quase inevitável para ela, ela estava com medo. Se espremeu entre duas garotas e ficou cabisbaixa, esperando o momento em que iria para seu dormitório.
— Eu sou a Margot, prazer. - Naara ergueu os olhos para a menina na sua frente.
Ela tinha um sorriso estampado no rosto enquanto observava a Longbottom, que sorriu também.
— Eu sou a Naara, gostei do seu nome. - A garota jurou que viu o sorriso de Margot aumentar, mesmo que isso nem parecesse possível.
As pessoas da mesa da Sonserina eram sérias e carrancudas, bem, nem todos. Margot sorria facilmente e a quase todo momento, essa foi a primeira coisa que Naara captou, provavelmente os outros gostam de ter uma imagem mais séria.
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Naara se sentiu tão acoada quanto podia nos dois primeiros dias; ouviu piadas sobre seu cabelo, dividiu aula com uma Lestrange e sofreu certo bullying. E é aí que as coisas começam, a Longbottom não tinha o melhor gênio para se brincar. Cada um dos que fizeram piadinhas tomaram alguma azaração. Orelhas muito grandes, cabelos mudando de cor e até plantas nascendo em seus pés... Não mexeram com ela, especialmente, porque uma segundanista a defendeu. Penélope Lovegood, uma corvina muito ávida em feitiços.
Naara não demorou para se enturmar com as outras casas, principalmente com os mais velhos. Era possível a ver andando com Penélope e Cedric Diggory para muitos lugares, visto que as famílias de ambos se davam bem. Ela fez amizade com as colegas de quarto também, Daphne Grengrass em especial.
Mas então se chegou o terceiro dia, Naara andava até o salão comunal com uma carranca de poucos amigos. Ela tinha medo de acharem que ela era fraca e a atacarem, então se fazia de durona.
Assim que entrou, sentiu um balde de água virar contra seu corpo. Ela sentia suas roupas ficando coladas, o frio congelante e o coração acelerado. Por outro lado, dois ruivos riam. Assim como a mesa da sonserina, exceto por Daphne Grengrass, que murmurou algum feitiço para secar os cabelos da morena, mas não conseguiu ter sucesso.
Longbottom sentiu seu coração se apertar. Ela era só uma piada? Era isso que os outros viam ao olhar ela?
Sentiu Penélope envolver seu corpo esguio com a capa da Corvinal, suas bochechas estavam vermelhas e apesar das lágrimas grossas nos olhos, ela ergueu sua varinha.
Fred e George pararam de rir, engolindo em seco. Mas ela não fez nada. Naara se virou, e saiu do salão, sentindo toda a humilhação que ela esperava de um sonserino.
Naara era só uma garotinha assustada, procurando por um conforto que nunca veio.
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Um capítulo menor, assim como os outros primeiros, para dar contextos. Espero que gostem da história, acredito que vá ser diferente do que esperam 🤎
