Capítulo 7

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O fim de semana passou rápido. Depois do meu estranho encontro com Da Nóbrega no Bar do Tom, vim direto para casa, me deparando com uma mensagem de minha mãe no meu celular, avisando que passaria o fim de semana inteiro na França, fazendo com que eu ficasse sozinha em casa.
Ela chegou pouco antes de eu sair de casa para ir à escola, segunda-feira.

- Ah, filha. Senti tanto a sua falta! - diz, a voz abafada por meus cabelos enquanto ela me envolve em um abraço apertado.

- Eu também, mãe. Está tudo bem com a LeBlanc? - pergunto assim que nos soltamos.

- Está sim, querida. Parece que seu pai não consegue fazer nada sozinho, acabou perdendo as substâncias da nova fragrância, mas já conseguimos recuperar.

- Ah, sim. Você vai estar em casa quando eu voltar, né? - pergunto.

- Sim, filha, vou fazer de tudo para conseguir voltar mais cedo hoje.

- Promete? - pergunto levantando meu dedo mindinho.

- Prometo. - responde, prendendo seu dedo com o meu.

Pego as chaves do meu carro e saio de casa.

Quando chego na escola, Julie e Elena estão me esperando na entrada, e acenam animadamente para mim assim que me vêem.

Estaciono o carro em uma vaga e vou até elas.

- Ei. - as duas dizem ao mesmo tempo, me dando um abraço triplo.

- Como foi o fim de semana? - Elena me pergunta assim que nos soltamos.

- Ah... - pigarreio - Foi bom, e o de vocês? - pergunto, forçando um sorriso.

- Foi ótimo... - e é isso, elas começam a contar animadamente sobre o quão perfeito foi o fim de semana delas e tudo o que fizeram nesses dias.

A verdade é que as saídas a trabalho da minha mãe me afetam mais do que eu demonstro, gostaria de ter mais tempo de lazer com ela. Por mais que seja a trabalho, tudo o que eu queria era passar um tempo com ela. Faz anos que não saímos juntas, quase nem conversamos direito, nem me lembro de quando foi a última vez. E quando perguntas como essa são feitas para mim, tudo o que eu tenho que fazer é forçar um sorriso e perguntar o mesmo para a pessoa. Sempre funciona. Sempre fui muito boa em esconder meus sentimentos.

Depois de entrarmos na escola, vamos para nossa primeira aula, de matemática, com a professora Alissa.

Mas, ao chegarmos na sala, me surpreendo ao ver Da Nóbrega com seus amigos nos nossos supostos lugares.

- Com licença, esses são nossos lugares. - digo quando chego lá, ignorando os olhares alarmantes das meninas.

- Estranho, não me lembro de ter visto seus nomes neles antes de me sentar. - diz Da Nóbrega, repetindo minhas próprias palavras e forçando uma expressão confusa, fazendo com que eu revire os olhos.

- Fala sério, vocês nem são dessa aula. - digo, colocando a mão na cintura enquanto o encaro.

- Agora somos. - diz simplesmente, se acomodando e me desafiando com o olhar, sei que ele não vai sair dali então para não chamar muita atenção, me sento na cadeira à sua frente, com as meninas do meu lado.

A professora Alissa chega e nos cumprimenta, começando a dar sua aula, mas não entendo um terço do que ela diz, a todo momento, sentindo o olhar de Da Nóbrega sobre mim e me desconcentrando mesmo sem falar uma única palavra.

Quando a aula acaba, as meninas vão para suas próximas aulas enquanto eu vou para a minha, marketing digital, pensando que finalmente vou me livrar de Da Nóbrega, mas me surpreendo quando ele começa a seguir na mesma direção que eu nos corredores, seus amigos (que eu descobri se chamarem Jake e Liam), vão junto com as meninas para as aulas delas.

O Grego Que Me Amava - Irmãos Duarte: Livro 1Where stories live. Discover now